domingo, 21 de abril de 2013

Capítulo 4 ~ Terrible Love

"Eu estava cansada o suficiente pra dormir, mas tentei combater a exaustão. Não perderia nem um segundo do tempo que tinha com ele. De vez em quando, enquanto conversava com Alice, ele de repente se inclinava e me beijava - os lábios suaves como vidro roçando em meu cabelo, em minha testa, a ponta de meu nariz. A cada vez era como receber um choque elétrico em meu coração há muito dormente. O som do seu batimento parecia encher a sala toda.
Era o paraíso - bem no meio do inferno." 
Lua Nova - Stephenie King




Talvez tenha perdido  o dom, ou o costume como quiser dizer. Ou talvez no começo disso aqui tudo era mais uma brincadeira de uma garotinha que queria conhecer o mundo, que nunca havia chorado de uma verdade por algo estilhaçado em sua garganta e peito.

Demorei para voltar, mas não vou ser previsível, talvez não suma de novo, mas vou estar apenas olhando atraves das pratileira. Se um dia alguém novamente parar na vitrine, vou lhe cumprimentar. 

***

Era uma ideia louca, mas mesmo assim eu fiz. Sentei na escrivaninha do quarto e comecei a escrever aquela carta, era direcionada a você. Afinal pra quem mais seria?
Meu coração bateu rápido mas eu não costumo sentí-lo, minha letra mudava no meio da escrita, ficava nervosa e a mão suava. Eu queria que você entendesse bem o que aquilo significava para mim. 

Agora estava naquele ônibus, ainda não era para se considerar tarde, mas eu queria voltar logo para casa também. Você ainda não teria chegado da faculdade mesmo, eu tinha receio de vê-lo, mas desejo do mesmo.

Quando entrei naquela casa novamente, meu coração chegou ao estômago. O abraço da sua mãe me fez sentir como me sentia no passado. As conversas e as risadas por alguns minutos. 

- Você parece chateada,  você está chateada?

-Não, não é isso Clau... é que eu sinto falta daqui.

Ela sorriu - É eu entendo, sempre nos apegamos muito, mas você sempre virá nos visitar né?

- Uhum.

Passei o beiral da porta da sua casa com as lágrimas ainda nos olhos, mas elas não desceram mais. O ar frio daquele lugar fez com outras lembranças chegassem a mim, mas eu as reprimi com um sorriso, o que eu devia ter feito eu havia feito. Os livros estavam na cabeceira da sua cama, e apertado entre eles havia um envelope roxo e uma carta. Obrigada.

Aquela noite voltando naquele trem vazio, minha garganta doeu mais um pouco.

***

Hoje dormi abraçada com a corujinha que você me deu. As vezes quando deito, sinto você me abraçando como quando fazia antigamente.
E eu que cheguei a falar para Morg que havia te superado, porque voltei tão fortemente a sentir isso.
Você não foi embora afinal, você também não quer, eu não quero.

***

Vim dormindo no colo de Thi, recebi uma mensagem de Gus e fiquei preocupada com essa situação. Afinal haviam aumentado as pessoas que me amavam nesse meio tempo, e as pessoas o qual eu não gostaria de machucar também.

Ele fazia carinho em minha bochecha e depois passava os dedos arrumando meu cabelo. Não quero usá-lo de substituto a tudo o que você me fez conhecer.
Eu não consigo parar de me importar, isso me forma. Sou assim.

Quando nos despedimos ele me beijou, mas depois abaixei a cabeça.

- Você se enjuou de mim né? - Perguntou Thi no meio de um sorriso.

- Não... - eu não sabia o que reponder. - não é assim, mas... as coisas também não são desse modo, eu ainda tenho algumas pontas soltas aqui dentro e... eu também tenho outras coisas.

-Não precisa se justificar, linda. - Sorriu novamente - Apenas disse isso... mas não se preocupe.

Entrei para dentro do prédio e sorri enquanto o portão fechava deixando minha visão entrecortada por algumas barras de ferro e ao fundo ele.

-Desculpa.

Subi as escadas tentando não pensar nisso, talvez isso se chamasse traição? Uma traição contra mim mesma, o que é sentimento quando não estamos de tpm? Afinal de contas por que preciso ser tão inconstante? 

***

Pelo menos eu sei que no meio de tantas brigas, por ter me deixado tão magoada B, talvez eu  não seja capaz de te esquecer.

***

Você só vive uma vez. Todos de preto, a sala lotada, Lipe, Mandy e Denis. Encontro de fãns da melhor saga já escrita entre anos, Divergent. Foi uma tarde gostosa de domingo, diversão pura, demorou muito para perceber o quanto meu coração era gigante, e assim foi feito para amar vocês. 
Caros Divergentes da Amizade e Audácia, eu digo uma coisa, para se amar precisa ser corajoso e todos são pelo menos uma vez na vida, para se confiar precisa ter carinho e acredite não são só os dedos que os dão, mas para ser forte, precisa-se sorrir. 

Amores podem ser terríveis mas no final, enquanto chove ou faz sol, você vai pular de alegria com quem te da valor. E eu acredito nisso, seja com quem for.





sábado, 9 de março de 2013

3º Capítulo - Aquelas borboletas...



"- Sabe, a maioria dos garotos adoraria estar trancada em um lugar fechado com uma garota. - Giro os olhos para cima. 
- Não os claustrofóbicos, Tris! - Ele soa desesperado agora.
- Tudo bem, tudo bem. - coloco a minha mão sobre a sua e a guio para o meu peito, colocando -a sobre o meu coração. - Sinta o ritmo do meu coração. Você consegue senti-lo?
- Sim.
- Você percebe como ele está estável?
- Ele está acelerado.
- É, bem, mas isso não tem nada a ver com a caixa. - Faço uma careta assim que digo isso. Acabei de me entregar. Espero que ele não tenha notado - Toda vez que você me sentir respirar, respire junto. Concentre-se nisso.
(…)
- Tudo bem. - Ele dá uma risadinha trêmula ao lado do meu ouvido. - Por que o seu coração está batendo tão rápido, Tris?"


- Divergente

***

Está quente demais, mesmo depois de tempestades caírem, ainda continua muito quente. A vista da janela do meu quarto mostra as nuvens escuras que estão se aglomerando. A melhor coisa é olhar para o céu, mesmo se estiver chovendo, mesmo que esteja fazendo um céu a pino... olhar para o céu é relaxador, é apaziguador.

Acordei pensando na última pessoa que havia falado aquela noite. A voz dele no meu ouvido me despertava dos meus leves cochilinhos, mas ao mesmo tempo que deixei essa sensação crescer no peito, a fiz se conter a não sair por um suspiro.
Acho que é o certo pensar assim. Hoje em dia as coisas estão invertidas, sinto o que ele sentia, acho que ele soube onde pisar e eu prefiro olhar bem para os pés. Não posso tropeçar nos meus cardaços e nem pisar no chinelo de alguém, não quero que ninguém caia. 

***

Era de manhã e o vagão estava lotado, pessoas se sacolejando e se sacrificando para caber num espacinho sobrando. Metrôs de São Paulo, só tendem a piorar. 
Mas eu não me importo de ir amaçada se estiver com você, meu dia começa de forma diferente, especial. 

Toda vez que você encostava em mim eu tinha um sobressalto interior. Quando me segurava para não cair, e me abraçava pela cintura eu mais notava seus gestos do que lia meu mangá. Virei meu rosto para te observar e o vi fitando além da janela, não imaginei o que poderia estar pensando, mas eu ri porque sentia sua mão fazendo carinho na minha. Em instantes me perguntei se você estava notando o que fazia, ou fazia distraidamente. 

Senti a força do meu corpo esvair e não consegui conter os sorriso que vinham junto de uma sensação engraçada no estomago. Ainda tenho as reações de uma garotinha, isso é tão engraçado. 

Em uma noite que se passou eu te mandei inúmeras mensagens, estava meio chateada, estava preocupada também, e quando você me abraça eu sinto como se tudo estivesse bem. O que será que é tudo isso... pode sobreviver depois de tanto tempo assim?

***
Fechei os olhos e me espreguicei, o sol estava me queimando pela brecha da janela, levantei e procurei por seu status, mas hoje eu sei que você vai sair e por isso eu espero que esteja se divertindo, porque o motivo de estar escrevendo novamente é que você me faz bem. Sinto a magia dos contos voltarem para mim, como se eu vivesse na nossa Realidade Paralela sempre.

Eu sei que depois te tudo isso, as coisas vão voltar a ficar complicadas dentro da minha cabeça, mas... está me fazendo tão feliz agora, com borboletas na superfície do meu estômago. 

sábado, 26 de janeiro de 2013