segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Come Back!

Deitou na cama com os fones de ouvido, lágrimas nos olhos. Olá, estou de volta.
Se passaram quase dois anos tão rapidamente, surgiram tantas coisas e muitas delas também se vão com esse ano...
Passei setembro chorando, corri por outubro e novembro numa mescla de felicidade imensa para dezembro me esborrachar no chão por ter voado muito alto.
Não lembro mais o que aprendi, não vejo aonde mudei, as vezes enxergo coisas embaçadas, mas são apenas novas lágrimas.

Não são mais palhetas, nem alianças no meu colar, hoje carrego comigo uma chave. Dos meus segredos, da minha alma.
Dependi muito das pessoas e me perdi, perdi o controle das coisas e de toda a felicidade que eu tinha ou poderia ter, estou juntando, catando meus caquinhos. Seria tão mais fácil se tudo começasse de novo.

Aonde eu posso recomeçar?

***

Estávamos deitados, não existia mais Hell na frente de casa e o Gus já havia se apaixonado por outra pessoa, estava somente eu e o Thi... e minha mente vagava pelo B.

***

Todos os dias o sol se põe e eu vejo o céu escurecer, dando espaço para que as luzes de natal brilhem aqui na terra enquanto as estrelas fazem seu trabalho. Está tudo tão diferente de como era antigamente, está tudo tão vago, tão vazio... está faltando ele.

Fechei meus olhos para sentir o vento, estava alta, perto das nuvens e desejando nunca mais descer de lá.
Mas acordei rapidamente dos meu desvaneio assim que arremessaram a saudade contra o meu peito, sem dó... sem tempo de tomar ar, de respirar, já feito desse jeito para chorar, gritar.

Tremo ao escrever tudo isso, tremo sem motivos, mas mesmo assim tremo.
Sinto a falta dele com uma força tão descontrolante que nem eu sei o que farei quando o vê-lo novamente.


***

Estava escurecendo, era quase uma tempestade mas nem isso me amedrontou de ir ver o mar. Peguei na sua mão e corremos pela areia, você me ergueu do chão e rodopiou. Me beijou e voltamos caminhando para casa, todo mundo estava lá e você sorria.

***


Acordar num domingo com as utimas lembranças de um sonho assim foi apaziguador, me levantei e fui ao computador, vicios são vicios e não mudam.
Só queria ver uma coisa, seu status verde para mim.

Um dia quem sabe ficaremos juntos, um dia quem sabe B... os nossos sonhos se realizem ao mesmo tempo, um do lado do outro.. um pertencendo ao outro, porque eu tenho certeza meu pequeno anjo, eu te amo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Real Life

Todos somos iguais em questão de escolhas, mesmo se no final alguém for covarde e ter medo de escolher seu caminho, ele escolheu ficar parado e ver tudo que seria bom passar pelos seus olhos, mas não poder alcançar.

Vou contar de mim, seja bem vindo a um mundo de realidades manupuladas. Te apresento o meu coração, pelo menos aqui eu tenho um espaço para derramar os pensamentos.
Seja bem vindo meu caro amigo, poderá me conhecer... a nova versão, aquela que se foi por um tempo e aprendeu muita coisa, ou algumas para poder voltar a lhe escrever.

Vem viajante, navegar por essas emoções se lhe convier, prometo que não vai se arrepender, posso cantar feito sereia para te chamar.
Ou tragar seu coração e depois o arrancar com as mãos e um sorriso sincero no rosto, nunca quiz enganar... você quem fechou seus olhos, mas deixe isso para lá. Venha não é preciso enxergar, apenas ouvir e entender, vou lhe contar uma historia.

Minha história, sem medo e com verdade, sem máscaras ou receio, se quizer... minha mente será aberta enquanto seus coração guardar os meus segredos, se cale e afunde aqui, sele com mão firme o nosso trato.

Tola, como era tão tola. A vida real é tão distante daquilo que sempre sonhamos, somos como passarinhos que aprendem a voar, sentem a liberdado na ponta dos dedos, sentem a imensidão se implantar dentro dos corações agitados mas com o tempo que vão batendo as asas se cançam e precisam achar um lugar para pousar em segurança, e no momento que voar perde a graça se vê forçado a fazer isso sempre e sempre, até morrer. Isso é viver.

As grandes conquistas são as que fazem a diferença, a vista, o vento, o canto, o amor.

Não quero ensinar ninguém a viver por essas palavras, vamos ao que interessa finalmente.

Estou com dor de cabeça, o escritório tem um ar tão cansativo. Queria estar em casa deitada, ou um pouco melhor alimentada mas em pensar que demorarei mais 4 horas pra chegar em casa fico desanimada.

Não ter certeza de nada nessa vida me faz sufocar, não ter noção do que pode acontecer me irrita, mas estou me acostumando a me sentir não muito mais que nada. Pelo menos é isso que ainda tenho nas mãos, quanto será que vale o nada?

Essa ultima semana não foi a das mais agradáveis, são sonhos e pensamentos pertubadores e as vezes confusões, nem acredito que isso ainda possa existir... como sou tão menina ainda. Depois de tanto tempo ainda continuo sendo a mesma.

Uma bonequinha de pano...

sexta-feira, 9 de março de 2012

2º Capítulo - Só mais um pequeno momento de garganta queimando.

As pessoas se esquecem das coisas, das promessas... elas se lembram de coisas do passado quando o vazio grita dentro de si.

Pequenos passos eu dei desde então, grandes caminhadas eu observei os outros atravessarem, as lágrimas de alguém que está machucado não modifica o todo, observar os outros te ultrapassarem na sua corrida de vida é a forma mais desmotivadora de existir.

Parou no acostamento, sentou e sentiu a testa gotejar de suor, aquela manhã tudo parecia uma tempestade... era apenas as nuvens que se juntavam para cair os trovões sobre minha vida.

Não havia mais cidade pacata, mal ficava naquela rua silenciosa e fútil, mal via as pessoas que no passado me preencheram, mal via as coisas que antigamente eram o que me restavam daquela vida consolada que eu tinha.

Os dias passam e as noite ficam mais curtas, só para te lembrar que amanhã tudo será pior... tudo terá mais tristeza, mas desespero... para sua mente que nunca relaxa nem nos sonhos que se tornam aterrorizadores.

Engraçado como você tenta apagar muitas coisas da sua cabeça, você se marca no meio do lixo e tenta pelo menos tirar a sua alma do saco preto, sabe aquele pulso... não é mais tão limpo, aqueles olhos não tão sorridentes como de uma criança interior, aquela boca, não tão amigável quando a gentileza se retribuía de forma simples. Seus dedos ... ai seus dedos... tão imundos, o tempo passou e o ventilador se sujou, se sujou com a poeira e ninguém veio o limpar.

Quando eu era pequena eu acreditava que um dia tudo iria ser de uma forma incrivelmente perfeita, não me importava muito em pensar como isso iria acontecer, mas eu acreditava que seria... eu acreditava que meus pais eram felizes, que a senhora vizinha nunca tivera motivos para chorar.. que as decepções, ai meu Deus não sabia nem dessa palavra... achava que as decepções nunca me alcançariam, na verdade que elas nunca chegariam a me ferir, mas o pior foi se decepcionar consigo mesma. Dizem que eu me cobro muito... vou dizer porque me cobro muito, simplesmente eu criei expectativas.. aplicar a perfeição, que merda de perfeição.. eu fui crescendo procurando ela, procurando o equilibrio, tinha medo de fazer a balança despencar e um dia .. um dia .. eu vi que ninguém se importava com essa merda de equilibrio, no final tudo acaba em choro mesmo.

Eu olhei pela janela ... aqui do prédio, oitavo andar uma coisa bem suicida... mas não fiz nada demais além de chorar... sabe essa janela me fez lembrar uma coisa a mais, quando meu pai foi embora, ou melhor, quando minha mãe o fez ir embora.. tadinha não foi culpa dela, não posso a culpar assim. Ele pegou sua maleta com roupas e saiu. Não estava em casa, mas e se estivesse? Olhando pela janela e gritando, pai volta.. pai... volta.. e ve-lo virar a esquina. Devem se perguntar porque estou lembrando disso, vejo que o tempo não me deixou viver, mesmo que eu buscasse aproveitar aqueles momentos que se eternizaram na minha vida, ele arrancou muito mais de mim.

Eu amo você. Eu amo muito, de uma forma que não imagino ficar sem te ver... só de ouvir sua voz, só de saber que está pensando em mim, eu amo você... simplesmente e complexamente eu amo tanto que sinto que meu coração estraçalhado cada vez que tentei te afastar de mim... ai .. como eu amo você... dói de pensar.
Ela disse NÃO, talvez você nunca entenda, mas pelo menos se lembre que eu amo muito você.

Disseram uma vez pra mim, o fogo não continua queimando quando a chuva chega, olhe para a fogueira que ficou no chão, aquelas marcas pretas, negras te decretando que tudo findou... uma vez eu vi.. uma vez eu vivi, outra eu imaginei, ei não tem quem resolve esse meu quebra-cabeça, já não escrevo para ser entendida, mas apenas porque meus dedos sentiram vontade de falar essas palavras soltas.. corre contra o vento para busca-las novamente, a razão de meu coração continuar batendo.