quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cap.3 Um Salto, sim muito alto.




Quem substituía os All Star roxos ou verdes aquela noite era os sapatos arroxeados com pequenas bolinhas rosas e um lacinho ao centro, delicadamente enfeitando.
Descendo a rua de mãos dadas eu olhava para o chão, os pés acostumados com o engrime constante que massacrava os dedinhos, sufocando-os contra a ponta fina do sapato. Thiago me levou para a padaria, sem querer soltei um som irritado, ele olhou para mim, meio preoculpado, balançei a cabeça na esperança de apagar aquele meu descuido.

Naquele momento o que eu queria era somente ir direto para casa e descançar minha mente, havia sido um dia cheio... Enquanto ele pedia algo no balcão eu me distraí com a novela que passava na TV. Uma pessoa sorrindo passa ao meu lado e pelo reluzir dos óculos reconheço sem dificuldades, Levih.

Havia chovido um pouco e meu guarda-chuva fechado pingava lentamente, o estendi rapidamente e joguei uma torrente de pingos nele, um sorriso maroto, mordi os lábios e o abraçei.

▬ Saudades mocinho, tô triste você nem foi no Ressaca.

▬ Oxe... também tô com saudades.

Riu ele e eu me virei para sorrir e mostrar para Thi quem havia aparecido. Ele comprimentou o Levih e deu uma bala pra ele enquanto eu peguei uma para mim, suspirei assim que peguei na mão do Thi e saímos da padaria.

Não notei para a lua, não olhei para as estrelas, mas a noite estava escura. Thiago estava muito quieto e eu olhei para ele assim que entramos na rua de casa.

▬ Ah... o que foi? Vai me dizer que tá assim por causa dele...

▬ Eu não gosto que você abraçe ele, só isso, é... ciúmes bobo.

▬Thiago, ele é meu amigo e SEU também, pelo amor, muito bobo mesmo.

Ele não disse nada, mas eu não ia aguentar muito com aquela bobeira e o provoquei tentando parecer inocente, uma coisa eu queria saber e eu queria que ele soubesse também de algumas coisas.

▬ Espero que você não fique com essa cara quando estivermos no Dreams.

▬ Hm? Não, não se preoculpe, mas por quê? Você vai abraçar algum menino?▬ foi mais irônico, o que me fez dar graças a Deus.

▬ Sim, vou abraçar meus amigos, eu fico muito tempo sem vê-los.▬ falei o que eu precisava e tornei a ficar quieta até chegar no portão do prédio.

O fitei com os olhos fuzelantes por alguns segundos, uma forma exagerada de dizer que dessa vez iria subir sozinha para casa. Ele sabia o que significava, por isso que não gostava daquele olhar, o beijei rapidamente e fui rumo as escadas... mas uma noite de PC e olhos pregantes, mas quem disse que eu não gosto?

***

Eu contava nos dedos os dias, as horas e esperava impacientemente para que o dia chegasse o mais rápido possível. Agora tudo tinha acontecido, o dia havia chegado, eu havia chegado e a Hell estava no mesmo quarto que eu...

Longa história.

Hell estava ali, na minha frente, enquanto os ônibus saíam do terminal e nós caminhavamos rumo ao Habibi's, algumas esfihas e uma lotação novamente até chegar a casa dela. A mala que eu levava nas costas era camuflada de uma mochila rosa cheia de botons.

A cama dela era como eu me lembrava, se passaram dois meses desde que nos separamos, eram apenas 3 minutos para chegar na casa dela, agora se tornaram 2 horas. Dançamos loucamente quando eu cheguei na primeira noite, sem net... coca-colas adoidadas e muita conversa posta em dia.

Da quarta, desde que eu cheguei, muita coisa se passou, muita novidade, muita mudança. Caminhei com o Lipe pelas ruas do bairro, o que de certa forma foi muito confortante, pelo menos não era uma estranha naquele lugar, não completamente. Hell trabalhava de manhã e a tarde íamos empacotar biscoitos na empresa do pai dela, o que era muito legal, apesar de eu não fazer nada além de beliscar os amendoins que caíam na mesa quando os biscoitos estavam prontos.

O sábado chegou, estavamos de pé cedinho, mas não iriamos para o mesmo lugar. Era o Ressaca e a Hell só iria no domingo, naquele dia ela iria ao Hoppy aproveitar o dia com Rique, o namorado dela... ou ficante, sei lá...

A meia listrada e a saia curta, acompanhada por uma blusinha de zebra e trancinhas no cabeço chamavam atenção assim que saí da casa da Hell. Lipe veio me pegar e fomos juntos para o Ressaca, nem tinha muita gente quando chegamos, a fila ainda era pequena. Mas num piscar de olhos a fila cresceu e o movimento na calçada forçou os staffs nos colocarem para dentro numa área provisória até dar o horário da abertura dos portões.

Na fila encontrei com alguns amigos, Klê veio para me dar um oi e dançamos um pouco na pista de Skate do outro lado da rua, estava com saudades daquelas loucuras.

A placa 6065 surgia por cima das cabeças, foi um evento bem tradicional, animekê, bingo, quiz, mupy, hotdogs e chuvinha. Agradeço desde já a blusa de capuz do Ivã *o* salvou minha chapinha.

***

Eram 10 horas da noite e a Hell ainda não tinha chegado, estava com Lipe na pracinha perto da casa dela, esperando a hora de nos encontrasmos no ponto de ônibus, alguns problemas e meus planos de ir embora naquele dia se desfezaram no momento em que a Hell me pediu para dormir lá novamente.

Lipe nos deixou em casa e foi para a dele, antes da Hell chegar foi uma bela caminhada pelas ruas da casa dele, o que de certa forma chamou atenção de muita gente, ele que o diga.

Caí na cama e a Hellena não demorou para fazer o mesmo, foram 5 dias dividindo uma cama de solteiro, nessa noite era a nossa despedida, mãos dadas e cafunés, Hell era prima do primo de Thiago, mas eu a considerava como uma irmã, eu ví aquela menina crescer e ela me viu tentar ser madura para poder ajuda-la... tenho saudades daquele tempo.

***

No ônibus de volta para casa, bocejos e muito sono, havia prova naquele dia, o que me deixava um pouco incomodada, mas tanto fazia... todos sempre souberam.. que eu não ligo para nada disso... mentira...


Estava novamente, eu e meu querido salto alto, sim eu não pulei, só fiquei mais alta do que já sou... quem sabe se eu viver nas alturas, junto das nuvens emos do verão as coisas sejam mais fáceis de serem lidadas, mas isso não impede de lágrimas rolarem.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cap. 2 Verão


A luz do sol que passou pela janela naquele dia me despertou, como estava quente... aquecimento global.

O pensamente de que as coisas estavam se findando chegou em minha mente quase que instantanêamente quando pensei que iria a escola a noite. Sentei na frente do pc e olhei a hora, ainda era cedo, bocejei e arrumei meu cabelo. Conectei a internet e abri o msn e a janela do Mozzila, era só mais um dia.

***

Faltava meia hora para dar a hora da escola, estava decidindo, não queria me levantar da cama, não era necessário, ou era? Eu mesma que escrevia minha história... não sei se me arrependo, pois não devo.


***

As horas sempre passam agitadas e rapidamente quando estamos esperando que elas sejam mais eternas que o normal, as vezes fico pensando na minha cama como seria se eu tivesse feitos outras escolhas, mas acho que não devo fazer isso, faz com que eu tenha motivos para me arrepender... o que seria não olhar para trás? Acho que estou crescendo mais...

Falar assim publicamente me faz sentir um sentimento estranho, e acabo eu te ver uma barata... como eu tenho raiva do verão.



Que mudança brusca de assunto...

No dia anterior Thiago e eu tivemos uma discurção boba, mas tudo acabou em Açaí e escada, não me entendo... eu preciso de certas coisas para viver.. e eu ainda estou apredendo o que elas são.


*com medo das baratas*

Lilla me trouxe uma trufa e um pão de mel rechado, como isso é bom, mas preciso emagrecer, ando muito gordinha e eu sei que não é culpa dos sanduíches de 30 centimetros da Subway antes que alguém começe a falar. (hihi)


***

Estava com uma idéia em mente... mas sabia que também não seria o meu lugar se eu aparecesse. Útimo dia de aula, não fui a escola mesmo sabendo que poderia querer ir quando tudo passasse, era meu 3º ano, momento de adeus escola... não foi o melhor ano mas eu levei... não sabia se queria dizer tchau as pessoas... ainda pareciam ser tão cedo... vou sentir falta da menina imprudente que eu deixei naquela sala.. imprudente?

Quem sabe mais nerd e certinha que aprendeu muito com a vida...
Agora eu olho pra frente da inscrivaninha e vejo o pão de mel ainda intacto, enfeite a vida se torna quando achamos algo mais precioso que devemos zelar, acho que no momento em que eu estiver vendo os fogos de artifício da virada vou saber que nada foi em vão e que mesmo que tudo parecesse sem graça ou sem amor, tudo ainda era muito importante para não ser esquecido.

As ruas do bairro ainda estavam vazias como normalmente ficavam, estava calor mas as árvores ainda demonstravam o ar frio do inverno, a boneca ainda dentro da caixa estava mais acomodada, não desejava mais se contaminar com as pessoas, ficava a pensar se era ser humana o que ela desejava realmente... mas tudo parecia complicado, tão complicado que ela desistia de pensar e só caminhar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

3. Temporada 1. Cap Promessas


O que são? Mentiras? Depende de quem as faz... falsidade, pode descobrir, medo e ocultamente... pode ser... mas quem vai saber?


Passei na frente da Lan com Thiago, estava fechada e as luzes estavam apagadas, engoli saliva meio sufocadamente e pensei no que tinha acontecido naqueles ultimos dias... promessas.


***


A porta soou e eu ouvi o toque da campainha da minha cama, já sabia quem era. Me levantei e fui no banheiro enquanto mami abria a porta e falava com Thiago que não fora convidado para entrar.


Sentamos nas escadas e conversamos daquilo que não saia da mente dele e daquilo que eu desejava que ele esquecesse.


Aquele dia que fui para a casa de Gus irritara tanto Thiago, mas ele estava controlado, tentou não ser grosso e nem hostil... o natural sem ciúmes dele.


Olhava para os degraus em que estava sentada enquanto ele pedia para que contasse o motivo e o que acontecera aqueles dias... não contei tudo em seus detalhes mas não deixei de falar a verdade...


▬ Vou tentar não esconder nada de você...


▬ hm...


▬ Não quero mais falar nisso, por favor esqueça.. não vai mais acontecer... sério.


▬ Você já me disse isso uma vez...


Silêncio... verdade... tinha quebrado minhas promessas e estava fazendo outras que me faziam quebrar outras... o que eu era? Só mais uma falsa que faz as promessas e esquece de dar créditos... mas uma pessoa egoísta.



A boneca se viu presa dentro de sua caixa.. era a primeira vez que ela desejava sair daquele lugar... estava a assustando, ela precisava de tempo, ela precisava de corda, ela queria ser humana.



Promete não me deixar? Você vai me guiar? Sim.. eu irei ... mentirosa...

Estavamos passeando no parque perto de casa, conversando sobre coisas e Thiago ainda tentava enteder porque havia agido tão 'imprudentemente', podia sentir que ele ficava irritado com aquilo...

***

As férias da minha mãe tinham acabado, finalmente sozinha em casa novamente pela manhã, quando estava indo para escola encontrei Thiago e ele me deu um oi e um selinho.


▬ Ah.. adivinha quem eu achei lá em baixo?


▬ Quem? - perguntei mesmo sabendo de quem ele se referia.


▬ Seu amigo, o Gus... eu tive que fazer.. ele está sangrando lá embaixo.


O que foi aquilo, naquele momento eu o fitei sem reação... acho que nem meu coração bateu no momento quando o ví sorrindo.


▬ Brincadeira, ele estava com a namorada dele, fingi não vê-lo.


▬ Eu pedi para você esquecer isso.


***


Agora sentada na sala de estar de casa eu fiquei pensando, estou com saudades dele, estou com saudades do Gus... mas tenho medo do que pode acontecer se eu o ver novamente... tenho medo não do que o Thiago pode fazer com ele... mas do que eu vou sentir quando acontecer de novo.


Tenho medo de fazer novas promessas e quebrar outras novamente.



Os insetos me comiam viva, estava tão abafada aquela noite que uma coisa era certa... estava na hora de dormir.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Cap. 20 O mundo não gira em volta do seu umbigo.


A escada, silêncio, Thiago e eu, estava sarcástica e irritada ocultamente, não queria ter aquela conversa. Ele, nem bravo nem feliz... deixou que o tempo resolvesse tudo sozinho...

***

Não me lembro mais, não sei mais de nada... O tempo passou tão rápido que a conversa que tivemos aquele dia se tornou um fleche em minha mente com pequenas palavras me ferindo, ferindo meu orgulho.

▬ Não estou mais com raiva, aliás, não estava nem antes quando falei que queria conversar.

▬ Sei... então o que você estava fazendo no carro? Me seguindo?

▬ Não, não.. o Rique me ligou e perguntou o que eu estava fazendo, mandou eu me arrumar que ele ia passar em casa, tinha uma coisa para me mostrar.

Fiquei perplexa, Rique tinha feito aquilo? Quem ele pensa que é para se entrometer na minha vida, sou eu quem cuido dela.. estou cansada dessa mania das pessoas.
Ouvi atentamente o que ele dizia com uma sombrancelha erguida e uma cara de quem tentava aparentar descontraida mas não conseguia.

▬ Não acredito.

▬ E aí eu vi a cena, ele me disse umas coisas e comentou o que seria que as pessoas falariam se vissem você com ele, de mãos dadas, sei lá abraçados, eu não sei ao certo foi o que ele me disse.

▬ Fofoqueiro mesmo, eu não ligo para o que as pessoas pensam.


▬ É, mas o mundo não gira em volta do próprio umbigo. Pense nisso.


▬ quero entrar.▬ falei seca



▬ Tchau.

Sem beijos e sem despedidas entrei em casa e fechei a porta, estava farta daquilo.
Sentei na frente do PC e pesquisei uns trabalhos, havia tanta coisa para pensar, tanta coisa para conversar com Gus... ele deveria estar mal com tudo aquilo que acontecera.

Não o tinha visto a um tempo depois daquela situação indesejada, nos falamos no Skyper e eu ouvi ele chorar, isso doeu muito em mim, ele não tinha nenhuma intenção de me prejudicar, mas eu machucava o coração dele. Boneca egoísta...

Ele estava com problemas assim como eu, tentando perder a cabeça e esquecer do que era real, as vezes quem sabe uma droga funcionasse... brincadeira... nem morta... '-' Aprendi novas coisas com as semanas que passaram...

1º Gus tinha medo de me perder de novo como acontecera no passado, medo de ser o motivo de me perder novamente... e estava acontecendo


2º Que não deveria em nenhum sentido deixar Thiago saber dos acontecimentos, mas ele já estava sabendo no mês seguinte...

3º Que para eu conseguir o que eu quero preciso passar em cima de todo medo e todo o tédio.. porque se não viro uma escrava daquilo que tento fugir...


***

Cantar para espressar o que eu estava sentindo com tudo o que acontecia parecia ser a melhor solução, não passei no vestibular, ainda tinha uma prova...

A escola ainda não tinha acabado... e eu ainda corria pelos corredor a procura de trabalhos para entregar... Para que, se eu já havia passado?.. nem eu sei... Na sala dos docentes fiquei sabendo da minha nota de redação do SARESP, dez, sim, para quem não acreditava que iria se sair bem... eu nunca acredito em mim mesma...

As noites estavam mais curtas, morrendo de sono eu passava os dias da vida sem graça no bairro pacato de são paulo...


''▬ Você tem que fazer faculdade... não nasceu para receber ordens e sim para mandar...''▬ as frases desse ano ficam marcadas dentro de mim, quem sabe o professor Marcos tenha razão... alguém quer me ajudar? Não, espera... acho melhor não...


O telefone tocou, era tarde da noite já... Thiago estava confuso e me perguntou...

▬Por q vc num tenta resolver comigo afinal eu so seu namorado né?? Eu ainda to calmo...soh pra constar, quando vc precisar tenta conversar comigo ...

Eu senti minha voz um pouco rouca quando falei.

▬ Quando eu precisei... você não estava perto de mim...

▬ ah não?


▬ Não, você estava oculpado com sua vida Thi, desculpa.. eu...

▬ Amor, quando você estiver mal me fala, eu paro, paro a vida, paro tudo... mas não faz mais isso...

▬ huhum... te amo...

▬ eu também...

▬ você sabe disso... desculpa...

▬ huhum tenho que desligar.. beijo

▬ beijo...

Tu... Tu... Tu...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cap 19 O que foi que eu fiz?...


... Pra merecer isso tudo...

A frieza e a raiva que senti assim que ele soutou minha mão cortou meu coração em pedaços. Thiago estava tão irritado, mas eu ainda boba, pensei que ele não iria se importar com nada. Foi no momento que eu ví o carro de Rique parar ao lado de Gus e falar algo, não acreditava naquilo que via, me seguiram.

***

Poderia ter sido uma noite tranquila, sem problemas, mas eu senti muita diferença. Já não sentia nenhuma vontade de ir para a escola, os dias corriam e a cada segundo uma oportunidade me aparecia, medo, sim eu tinha e ainda tenho... mais do que acho que suporto.

Era aula de matemática e eu chorava antes mesmo do docente entrar, ninguém viu, ninguém notou, até o momento que a Natani apareceu.

▬ Mas tá que falta en...

Matemática, cálculos e lágrimas, eu não tinha o que falar pra ela, sabia um momento que eu não estava bem...

O tempo passando e a página de Homunculos ia em sentido contrário do ocidental, um mangá enquanto eu refrescava naquilo que tentava não pensar, minha vida.

A luz da noite era pouca, saíamos de um point, acabara de comer um pastel com Thiago. Caminhando para casa eu estava muito calada, pensando naquilo que acontecera na noite anterior, pensando nas coisas que tinha que fazer no dia seguinte...

Um abraço quem sabe, mas parece que Thiago estava tão intretido com a vida dos estudos que não sentiu a necessidade de mecher no meu cabelo, de afagar minha bochecha e nem me abraçar forte dando um beijinho na testa...

Acho que com o tempo toda a doçura estava se desfazendo... podia ser imaginação, é eu sei que era...

Um selinho e um tchau, corri escadas acima e cheguei cansada no patamar de casa, abri a porta e liguei o PC, azeda... por quê?

Não sei responder isso, mas eu acho que entendo o motivo da mudança de estado... estava tão agitada na escola depois do meu momento cry '--'...

As vezes é melhor não pensar para não desistir, paciente, é realmente acho que aprendi a ser, mas não queria dormir com o peso de não liberar da mente aquilo que não entendo...

O despertador não tocou. Oito horas e eu ainda em casa, corri e saí voando para pegar a lotação, o metrô e finalmente chegar no curso.

Último dia, prova e muita bobeira pra comer. Olhar para aquela sala, assim numa despedida doi na lembrança, sentirei falta até das HomeWorks.

O ônibus e beijos de adeus, silêncio dentro de mim mesma, passando, passando e deixando suas marcas.

A tarde inteira para resolver uma inscrição do curso técnico, subi as escadas da Master correndo, passei pelo balcão somente David me viu, Gus estava distraído e então pensei melhor não chamá-lo.

Acessei minha conta e ouvi algumas músicas para desestressar, as horas passavam e eu ainda tinha muito o que fazer. Gus veio falar comigo assim que me viu, uma conversa pequena e eu já estava caminhando rumo a ETESP.

Uma decisão assim que terminei a inscrição, não era dia de escola. Voltei para a Master pensando se deveria ir pegar Thiago na ETEC escondido, mas havia uma diferença, eu havia dito para Gus que voltaria e Thiago não sabia nem que eu estava pensando em ir encontrá-lo na saída do curso.

Estava novamente sentada e rindo das bobeiras que Jhonatan contava, olhando para a Sis que ajudava ele e ria muito das coisas que a conversava virava. O relógio bateu sete horas, decedi ir levar Gus para a ETEC, a mesma que o Thiago estudava de tarde. Eram ruas movimentadas, ainda claro pelo horário de verão, frio e ventava muito, meus cabelos ondulavam e eu puxava o cachecol verde para perto do pescoço.

Eram momento cegos, dedos pegos, mãos dadas, braços roubados, e forte e quente abraços.
Passei de uma praça para a outra quando um carro vinho parou a minha frente e o Max me olhou.

▬ Quer carona ?

▬ Não vlw.▬ respondi, mas me coração disparou por leves segundos.

Ingênua, sim, tão tôla... erade se imaginar.

Voltei a andar com Gus do meu lado e logo que ví um balanço me sentei, o vento que me cobria embaralhava meus cabelos. Ele me assistia de perto, segurando a minha bolsa e rindo das mim.

Não foram grandes momentos, mas já eram especiais mesmo antes de acontecer. Gus falava coisas que me deixava sem reação, falava palavras tão fortes e verdadeiras, conversava comigo em breves reflexos do meu inglês tosco.

Estava pensando para onde iria, quando Gus olhou para trás e viu Thiago quase ao meu lado, me virei e sorri, boba...
Sorrí como se não tivesse nada que o estivesse encomodando, em momento eu me perguntei o que tinha feito... nada...

Peguei na mão dele e ele a soltou, odeio quando ele se irrita, não gosto da forma como ele age, da falta de calma e da clareza que eu vejo a raiva em seus olhos, ele não era assim antigamante, mas acho que ele só fica assim quando eu sou o assunto posto em mesa.

Corri para Gus assim que ele me deixou, não senti nada no momento, estava sem ter o que pensar, estava confusa, como se não tivesse mais miolos dentro do cérebro. Olhei para o lado enquanto chamava Gus baixinho, o carro vinho vinha seguindo ele no cantinho da calçada. A fixa caiu no mesmo segundo, me seguindo? Obviu que eles estavam me vendo assim que perceberam minha presença na rua junto de Gus, era claro que Thiago se escondia nas portas trazeiras do carro, não duvido.

Não chorei, não naquela hora. Ele foi para a casa da namorada e eu subi para a Master, esperando que Jhonatan ainda estivesse lá.

Foi assim que abri a porta de vidro e eu caminhei até ele que meus olhos já transbordavam, todos olharam, nem todos mas aqueles que me conheciam assim.

Corredor da Lan enquanto eu chorava no ombro de Jhonatan ouvindo ele falar besteiras de como eu deveria ver o lado bom da vida..

▬ Linda, a primeira vez dói, ninguém disse que viver é fácil mas olha pelo lado bom, na segunda você vai sentir prazer.

▬ Bobo, para...

Eu ria enquanto limpava a face das lágrimas que incistia em ser derramadas, David olhou para mim quando eu retornei e eu expliquei o que tinha contecido, ele falou.


▬ Cara, terminou?▬ foi a primeira coisa que disse antes de eu começar a falar. ▬ Namora comigo agora.

Eu olhei para ele e começei a rir, realmente muito confuso meus amigos...

▬ ah cara, o que você ainda faz com ele? Todo mundo diz isso:'' -Ela é muito bonita para ele...''▬ Ele riu assim que terminou de falar e balançou a cabeça, eu sei que era brincadeira pois ele sabe o quanto eu gosto do meu namorado.

Foram essas coisas que me fizeram rir quase a noite inteira e esquecer quase que completamente o que tinha acontecido assim que peguei num controle e joguei GH com o Jhonatan.

▬ A mupy tem tesão huhuh...

Eu escorreguei pela segunda vez na parede e ri até ficar sem ar. A Lan estava fechando enquanto esperavamos David sair, os meninos me levaram em casa, caminhamos pelas ruas desertas cantando Dragon Ball GT, momentos de liberdade.

***

Uma olhada no teclado e lágrimas corriam, a vida estava revoltada comigo, eu ainda pensava que o mundo girava em torno de mim...

Todos tem problemas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cap 18 . + 1 Vida ... cogumelo do Mario


No quarto, dentro dos braços dele, estava a boneca que ainda dentro da caixa suspirava sentindo o coração de Gus, batendo forte dentro do peito. A cabeça encaixada no ombro dele e os olhos fechados, sentia o seu cheiro e sentia a tontura tomar conta do corpo e mente. Era silêncio, respiração forte e falta de ar, estava com tantas saudades daqueles braços quentes.

***

Manhã de quarta feira, sozinha em casa apesar de Lilly e mami estarem de férias, o PC e o tédio, uma coisa eu tinha certeza, somente uma, eu não queria que aquele dia fosse normal como fora o resto da semana.

As lembranças da noite passada e o teatro, passeio com a escola, não fora o melhor mas fora enesquecível, aquela lona vermelha, o som da flauta e o violão juntos. Cada momento do espetáculo que decorria a minha frente fazia lembrar que eu devia começar a escrever a continuação do primeiro roteiro da minha própria peça da vida...

O medo e a ignorância prendem as pessoas dentro de sua própria mente, um obscuro e o desejo de solidão... corroem a crença e a vontade, o sentimento, o amor... por isso eu tentei, realmente tentei. Foram dias difíceis o que passaram na vida pacata da boneca... dias corridos.

Provas e a urgência que lhe era imposta em crescer, em ser adulta... mas ela não queria, ela ainda não sabe... ela somente entende que não vai mudar, ela não vai crescer, não vai perder a sua meiguice, ela vai ser o que parece ser, mas dentro ela vai entender que ainda que seja o mais dificil, seguir sonhos e caminhar pelo o que acha que é realmente certo, ela vai ter que aprender arriscar, sem ter medo de cair no passo que der sozinha pois ela sabe que quem a assiste estará pronto a ergue-la novamente.


A manhã de caminhadas sozinhas no Ibira foram para refrescar a minha mente, estava tão estressada e desolada que não sabia mais se era normal aquilo que eu sentia, faltei no curso e chorei a noite toda, mas o tempo passava, mesmo que ele não me respondesse minhas perguntas, ele estava alí, passando e chegando, fazendo minha cabeça rodar e o sono me consumir.

Não era a primeira vez que desejei terminar logo a escola, vontade não falta, mas tenho que continuar... falta menos de um mês para que tudo caia sobre mim, já não sei se terei fôlego para suportar, mas nada saberei se não tentar, nada aprenderei se não errar.

O cartão de crédito fora colocado na máquina que fazia a leitura rapidamente, uma quantia sacada fora colocada dentro da carteira, escadas... subi-las com pressa e esperança. Gus estava do lado de fora do balcão da Master, sem uniforme, já estava de saída. A surpresa e um sorriso nos lábios, quentinho, abraço... Tinha em mente o que realmente aconteceu, mas quem sabe não devesse falar. A chuva fraca lá fora era realmente um castigo, meu cabelo se cachiou rapidamente enquanto caminhavamos nas ruas movimentadas em baixo de um guarda-chuva.

***


A música saia das caixas de som do PC dele, a porta fechada e no ouvido sussurros, aquela sensação era diferente. A boneca sentia algo estranho, era puro demais, sentia que se tocasse acabaria com tal beleza, era má...
As palavras de Gus mechiam comigo, senti vontade de chorar, mas não deixei que as lágrimas rolassem.

Com os dedinhos eu tampava meu rosto, sentia me queimar lentamente, mas não que doesse.
Ele me abraçava forte, passando as mãos pelas minhas costas enquanto eu enfiava mais a minha cabeça no peito dele.

▬ sorry▬ falava ele com a voz baixa. Balancei a minha cabeça, não tinha o motivo para que ele se desculpasse, nunca fora culpa dele e sim de mim mesma...

Cabulei a aula noturna na casa de Gus, ambos desejavam que o tempo que passara retornace, e naquele frio que estava lá fora pude rever a menina de nariz vermelho. Eram planos, mas estava chegando a hora, Gus vai ir embora para longe, as pessoas estavam me deixando? Sim, sei, claro que não me deixavam mas estavam indo embora, para longe de mim, mesmo que só fisicamente, estavam indo... O ponteiro do relógio correu, medo senti.

Um momento de fixação eu tive que acordar, um beijo, não, não poderia acontecer,não devia ... eu nem sei se queria, mas jamais vou me arrepender de saber o que realmente quero.
Não me arrependí de minhas escolhas, somos apenas amigos não? Amigos... amigos... mas ele me ama... mas ainda somos amigos.

Nada acontecera dentro daquele quarto, realmente fora uma noite perfeita, assim que subi as escadas da lotação eu olhei para o presente que enchia minhas mãos, um cogumelo, azuzinho, com os olhinhos meigos a me fitar, algo que estava me dando + 1 vida, quem sabe mais um motivo para manter me sorriso nos lábios.

Não quero acreditar naquilo que eles dizem, não sou perfeita e nem a melhor, sou somente uma menina que tenta sorrir para fazer com que as pessoas sintam vontade de viver, mas o que ela poderia fazer se nem a mesma sabia se consolar dentro da solidão?

Olhar no espelho e sorrir, nada ver somente a mentira a encobrir, fora dias angustiantes, mas o mesmo caminho que tomei me levou até aqui, sou eu quem o dirige, sim... com uma guia eu vou caminhando mas nada acontece sem não ter que acontecer... paciência... assim eu saberei realmente como é amar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O que é isso? Estou sem ar AGAIN




Olhei para minhas mãos sujas de barro assim que me levantei da grama, a tarde no parque do ibirapuera fora muito legal, as histórias e as risadas, acho que não vou esquecer nada o que aconteceu.

A parte chata sempre é o adeus, sentada na cadeira do ônibus eu deixava minha mente vagar, pensava em Thiago, pensava na Hell que não morava mais na minha frente, pensava no vestibular que estava chegando.

Estava com medo.

Os dias daquele mês passaram tão rápidos que mal dei atenção para eles. A escola não estava tendo aulas direito, eleição e feriados, suspiros.

A Nostálgia do evento AFantasy foi legalzinha, voltamos no tempo, ganhei um CD do CABAL, estou meio viciada nesses RPG's online.

A menina abriu a porta de casa com o coração a mil, pela janela ela pôde ver as coisas, Hell estava de mudança, ela chegou na frente da casa dela e a abraçou, chorou.


A sensação que tive naquela hora foi simples mas muito complicada de aceitar, estavam tirando ela de mim...

Numa sexta depois do curso eu fui na casa dela, matar saudades, mas nada se compara ao descer dez degraus e você está em casa.

***

A noite estava fria, para mim não deveria, estava sentada na poltrona do centro cutural, desejando mais que tudo minha cama e poder dormir. Veio a minha mente as coisas que aconteciam...

***

Thiago me abriu o portão da casa dele, saímos, estavam indo para casa. Falei do Ibira e do evento para ele, ele me falou que se eu tivesse o chamado ele iria, tudo bem... mas não entendo por quê dele não se interessar tanto por isso, fiquei um pouco ofendida, já estava cansada de uma rotina determinada.

Ele foi para casa após me deixar no portão, com as faces emburradas, subi as escadas e entrei em casa, liguei o pc e meu coração disparou.

Por um momento em que a luz do MSN piscava eu lia o contato que assim falava comigo. Gus, engraçado, depois de todo aquele tempo eu ainda sentia o mesmo por ele, a conversa se prolongou e eu fiquei sem ar, de uma forma que pensava nunca mais ficar. A confusão voltou novamente mas me mantí na minha posição.

A saudade das coisas que passaram, a saudade das pessoas que se foram, é justificativa que prova o quanto valeu à pena ter passado, mas como tudo vai embora o coração sedesola no mundo de solidão, mas as coisas sempre vão e novas vem, para que o equilibrio disso não seja desestabelecido e as pessoas enloqueçam... amo muito meus amigos, tenho medo do meu futuro, preciso de ajuda para sair da minha caixa de ilusão, quem sabe estou mais protegida dentro dela, mas a boneca tem que ser comprada não? Ou ela cresceu e já não se interessa mais em ser brinquedo...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cap. 17 Doeu, muito mais quando você me deu a Mandy.


Comendo pãozinhos e carolinas via a luz do MSN piscando. A lembrança ainda permanecia em minha mente quando lí uma atualização na página do Orkut.

''Amanhã é meu ultimo dia de aula na minha escola."


As palavras do Link ainda me davam forças para não chorar enquanto escrevia coisas sensatas numa folha sufite.


▬ Imagina o quanto está sendo difícil para ela, nós vamos perder uma pessoa, e ela perderá todos nós.

As pessoas do metrô passavam cada uma com seus destinos, enquanto eu parada na frente do Denny olhava para o chaveiro que Mandy havia me dado, nossa Mandy em miniatura, um coelhinho com toquinha. Não ouvia nada, nem os passos das pessoas enquanto eu olhava a menina fofa e louca na fila de recarregar o bilhete único, a hora de se despedir estava chegando.

Podia ver os olhos de Denny se encher, enquanto os meus já transbordavam... Não esta estava quente e nem fazia sol naquele domingo, já era de tarde quando saímos de casa com destino ao Tatuapé.

Encontro geral, alguns consideravam despedidas, outros só mais um dia de zoeira, para falar a verdade eu não tinha idéia de como taxá-lo até o momento que o relógio apontava o anoitecer.


A praça de alimentação era muito pequena para todos nós, a fila enorme do cinema congestionou quando Link fora comprar os engressos, risadas e confusões, fizeram esse dia ser enesquecível.

A cada sorriso que davam e piada que contavam eu sentia que estaav no lugar certo, mas as coisas passam sempre... pelo menos posso lembrar delas. Sentados nas poltronas do cinema, assistimos Resident Evel, mas até chegarmos lá completos demorou muito, um novo bebê no grupo.

Lux não podia assistir o filme, isso realmente me preoculpou, compramos um engresso qualquer e ele entrou na sala com a gente, depois de enrolar os carinhas do cinema, mas não era hora de vitória, pediram para ele entregar o engresso, como assim? Era, fiquei morrendo de medo, sou covarde, boba.. mas mesmo assim não queria que houvesse confusão. Me escondi no ombro de Denny e arfei quieta para não notarem o quanto estava apreenciva.


E ele reclamava das mordidas da Mandy e das minhas, deu dó, mas rí muito depois. Mas a tempestade passou e quando o filme terminou senti a luz do shopping acabar com minha vista.

"A cereija do bolo é a Mupy''▬ falaram isso bem no começo de nosso passeio, sempre perdida não entendi nada, mas as coisas se esclaressem de alguma forma. Me fez rir muito. Montinhos planejados, mas não ocasionados, caminhadas em círculo pelo shopping e compras de água numa fármacia, no shopping quase não tinha bebedor. D:

Estava chovendo lá fora, paramos num banco em meio ao corredor de lojas, Mandyestava quieta mechendo em sua bolsa quando me aproximei e começei uma conversa com ela e com Denny, o resto do pessoal trocava conversas e tiravam fotos, staffs da Yamato nos defendia -qn

Recebi a Mandy em miniatura da própria mandy, e Denny recebera um agarradinho que ficava preso a bolsa dela. Um abraço e eu começei a chorar de verdade, estava escuro lá fora e a cada lembrança doía mais, estava terminando?


Ela pegou na minha mão e entramos numa loja, achamos um lugar para sentar e ela tirou de dentro da mochila uma folha e uma caneta.


'' 6065
Gente nem preciso falar o quanto amei conhecer cada um de vocês, cada momento foi único e especial, apesar das minhas esquisitices e manias vocês sempre estiveram do meu lado e eu sou grata por isso.

Cada um de vocês tem um lugar guardado em meu coração, e ''onde quer que eu vá, sempre pensarei em vocês '', porque vocês são meus amigos e nada vai mudar. Não levem o dia de hoje como uma despedida mas como uma nova etapa.

E pode ser clichê mas nos veremos de novo.
Amo todos vocês Mandy!''


Eu chorava enquanto cada palavra era escrita, não era fácil acreditar, um abraço e logo voltamos para os corredores, primeiro passei a carta para Lilla, e assim ela leu para todos, aqueles que não choravam era fortes, mas sempre fui fraca com isso.

Sentei no banco e ficou refletindo tudo o que se passara no dia, fora perfeito assim como sempre era... Estava na hora de ir embora, abraços e despedidas, a cada momento que as portas do trem se abriam eu queria deixar outra lágrimas rolar...

sábado, 25 de setembro de 2010

Cap 16. Acenda a luz.


Aquele bimestre estava no fim novamente, era de se assustar como o tempo passava rapidamente, logo era FDS novamente.

Noite de sexta, sala quase vazia, prova final de inglês, acabou finalmente essa semana provão irritante. Saí da minha sala e ví o corredor do segundo andar vazio, Thiago não me esperava dentro da escola, e nem fora, me assustei por um tempo. Mimada, começei a caminhar rumo minha casa quando escutei meu nome, me virei e ví ele me aguardando no portão.
O chamei sem voz mas ele me chamou depois.
▬ vem aqui.▬ caminhei lentamente não queria ir para outro lugar e sim para casa.▬ vamos comer alguma coisa?

Suspirei.▬ estou cansada.▬ falei o fitando, egoísta.

▬ Só uma coisinha, estou morrendo de fome.▬ falou ela pegando em minha mão.

Não estava com fome mas fui com ele, primeiro não sabia aonde iríamos, e se não tivesse ido me sentiria muito mal depois.

***

Hell conversava comigo no MSN falando de Gus, meu coração pulsou e eu me lembrei de quando viviamos juntos, não entendi porque mas doeu levemente.

***

Sentados nas cadeiras da pastelaria eu o fitava olhar o menú.

▬ Thi... eu vou prestar a USP esse ano▬ começei falando enquanto olhava um livro que mantinha em minha mão.▬ para fora de são paulo.▬ terminei e ergui o olhar.

Ele estava sereno a me fitar, coçou o queixo e sorriu.▬ Tudo bem, ano que vem eu presto pra uma em Santa Catarina.▬ falou ela querendo se opor de forma ingênua.

Seu incensível pensei comigo e suspirei.▬ Mas você não viria comigo?▬ perguntei para ele com esperanças, mas já sabia a resposta.

▬ Sempre, não me importo de que você vá, pode ir até para Nova York, mas não pode esquecer que eu estou aqui.

Aquelas palavras me fizeram sorrir, cada coisa que Thiago dizia, fazia meu coração comichar.


▬ Jamais, presta para a USP en mocinho.▬ brinquei e depois ví meu pedido chegar.

▬Já estava em meus planos.▬ falou ele sorrindo e pegando os pedidos.

O céu estava escuro, sem estrelas, chovera quase o dia todo. O fitava enquanto tomava meu suco e lembrava de certos acontecimentos dos últimos anos, queria tanto um abraço dele, mas como pude esquecer realmente sobre isso?

***

Mamãe viajara para o Rio novamente, dessa vez um casamento. Sozinhas em casa...

A luz do MSN piscava encansavelmente enquanto eu lia um texto que me deu choque. O que um amor é capaz de fazer, será realmente um amor ou a culpa de certos atos são encobertas por esse sentimento que na verdade ninguém conhece?

Se matar alguém porque a ama é um símbolo disso acho que na verdade o amor é pura inveja, sonho e ilusão, tristeza e incompreenção, não é esse o verdadeiro amor... é?

Se o que vai embora faz falta pode ser um amor perdido, uma imensa lembrança que a memória ainda pede para repassar, será que alguém pode explicar? Não tento esclarecer nada nessas palavras, só tento enchergar o que pode fazer bem para mim, para os outros, algo que me deixe feliz... amor... puff... quanto mais você se afunda mais você se machuca, o amor nunca está sozinho, se você não saber caminhar a dor te toma e te consome, sem deixar um simples calor... deixa só as lembranças para te atormentar, as que a memória pedem para se repetirem.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

15. Rabiscos numa folha listrada.


Os momentos que se arrastavam rapidamente até a noite me assombraram, foi tão rápido que me ví caminhando para a escola com o intuíto só de ir e entregar um CD e depois voltar para casa, ficar na Hell.
Mas não era os planos reais, já que não tive escolha, era o começo das provas bimestrais. Como assim? Eu nem levei nada, um caderno qualquer e nem o estojo eu peguei. Ahhh...

Mas não deu tudo errado, pelo que imaginava, quando sentei em minha carteira a sala estava vazia e dentro de mim também lutava contra idéias que me chateavam e começaram a me venscer.
Peguei uma folha do caderno e começei a rabiscar, escrever um poema para não chorar.
Sabia que alguém ia me perguntar o que foi? O que aconteceu? Mas nem eu tinha a tal resposta que me sufocava.

Abaixei a cabeça e alguém encostou no meu braço. Levantei o rosto e vó Thiago a minha frente, ele nunca entra na minha sala, deveria ter notado algo para fazer isso, mas esperava que não fosse o que ele pensava já que falou.

▬ acorda mocinha.

▬ estou acordada.

Meus olhos estavam marejados, era dificil esconder, ele fez cara de preoculpação e começou a perguntar.

▬Depois eu te conto.▬ suspirei.

Ele me lençou um outro olhar antes de sair da sala e ir para a dele.

Continuei os meus rabiscos e as horas passaram, primeiro aula de português, segundo aula de química, preenchimento do SARESP pais e alunos, 180 questões de puro tédio.

Intervalo **

Caminhei pelos corredores querendo somente uma coisa, uns braços. Adentrei a sala de Thiago e logo ele veio até mim, nos sentamos numas cadeiras e ele falou

▬ Você disse que ia me dizer, vamos lá?


Abri a boca mas eu não tinha palavras, fiquei muda e ele ancioso. Me fitou preoculpado novamente.

▬ não quero que você fique assim.

Eu escutava as palavras e acentia, deixando que as lágrimas corressem.

▬ eu não sei o que eu tenho.▬ falei em puro suspiro.

Me abraçou e deixou que minha cabeça deitasse em seu ombro. Senti o quentinho do peito dele, há tanto tempo que não o sentia, estava me desconstruíndo.

▬ Mupy, aquele dia que eu fui na sua casa sábado, foi para te dizer que eu te amo.

Ao terminar de falar aquilo eu me lembrei dos dias atrás, quando ele veio em casa e ficamos só um poucos juntos, falei que precisava entrar e ele falou, vai e desceu as escadas rápido demais, me senti mal naquele dia.

Voltei a chorar mais forte dessa vez, eu queria tanto escutar aquilo. Ele deixou que eu desabasse em seus braços, e não falou nada por um tempo.

O sinal bateu e eu fui para minha sala, o mossacre ia começar.

***

Viagem até Osasco com 6065, não tem preço.

O trem remechia e andava lentamente, mas chegamos aonde queríamos, Osasco para ir ao Ozanime.
Um evento pequeno mas perfeito, o dia passou cheio de assuntos e informações.
Ganhamos entre muitos brinds e cantamos no Aniekê, agitamos os shows.
Fiquei triste por um acidente mas voltei bem para casa, sempre algo deixa marcas, depende de nós para classifica-las como boas ou ruins.

Voltando de trem eu via aquela cena ir e vir na minha mente, eu já queimara uma vez o rosto mas para o organizador fora bem pior, malabarismo com chamas, daria tudo certo se ele não tivesse feito com barba.

Mas mesmo assim não aconteceu nada grave e as coisas felizes do dia todo cobriram o chato do último acontecimento.

Pernas doendo subí a escada rumo a minha casa, PUTZ amanhã é segunda.
***

'' Os heróis de nossa infância nos meus dias atuais.''
''O herói da sua vida é você, pra que desistir se você pode lutar?'' ▬ Herói (Urasai)

Essa música tocava sem parar na minha cabeça enquanto eu respondia as questões da prova de português, tudo bem, não me dei mal nela, eu espero claro.

Foi quando eu ví a prova de física à minha frente e quiz sair correndo, minhas memórias haviam sido apagadas? Eu não me lembrava de quase nada, fui empurrando para um rumo que eu não sabia se estava certo ou não.

Quero ir para casa. Era o que eu pedi para Thiago quando apareci na sala dele. Fui uma das últimas a sair da sala, ele já me esperava no portão, me abraçou naquele frio insuportável e veio me levando até em casa.

Subimos as escadas, não queria chorar na rua mas era dificil não o fazer.

▬ Nessas horas eu me acho inútil, não sei nem aconselhar ninguém.▬ falou Thiago.

Me agarrei mais a ele e falei abafado.

▬ Mas é assim que eu gosto, não precisa falar nada além de me abraçar e dizer que me ama.

▬ Isso eu sempre direi, quantas vezes for necessário. Eu te amo, você nem sabe o quanto, mas eu te amo muito.

Eu desabei novamente no peito dele, fazia tanto tempo que eu não o via, que eu não o abraçava, precisava tanto dele, meu equilíbrio da baçança de problemas e fatos havia sumido.

▬ Thi, semana passada eu estava assim também mas as coisas acontecem e eu me falava assim.
Tudo bem, eu vou te ver então vou me sentir melhor, mas esses dias você esteve oculpado e sempre quando nos víamos sempre acontecia alguma coisa e o ar ficava triste, eu fui me desgastando porque você não estava comigo.

recisei de muito fôlego para poder falar isso. Um beijo na testa e entrei em casa. Não olhei para os cadernos e sentei no PC, precisava escultar uma música com urgência.

''Realize seu destino de herói.''

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cap. 14 Não esqueça de me dar corda.


As lágrimas caiam sobre o teclado, havia algo de errado com a boneca, o que acontecera, ela desejava tanto ser humana... seria um defeito? Precisaria de corda para sobreviver... ilusão.

Os dias do ano corriam, a cada dia eu ficava mais cansada com a escola, não via a hora de poder ir para a facul, fazer o que eu quero.

Inverno, cheia de agasalhos eu estava ao lado de Thiago, não havia ninguém na rua, somente eu e ele saindo da escola. Não estávamos de mãos dadas, eu o fitei mas não disse nada, me abracei, um pouco fragilizada, também não estava bem. Ele estava quieto, não quebrei o silêncio, continuei a fitar o chão a minha frente.

▬ Sabe... se eu te tratar mal, não repara. Acho que estou ficando extressado com essa vida.▬ ele pronúnciou isso.

Me senti aliviada, pelo menos eu entendia o que ele estava passando e não era nada que eu tinha feito.

▬ Não se preoculpe... sou compreensiva.▬ eram mais sussurros do que palavras ditas, mas ele entendeu e me abraçou.

Nunca soube explicar o que eu sinto, pode ser amor, mas o que é o amor, ahh... é aquilo que sentimos por nossos pais, mas o que é aquilo que sentimos por nossos pais? afeição? As vezes me machuco por amar todo mundo... será que é errado?

A mocinha certinha se pôs a cabular naquela semana, uma sexta feira de transito no Habib's de um shopping qualquer, estou regredindo.

O dispertador tocou cedo em pleno domingo, mas não era um dia comum, era dia de evento. Animecon e 6065 nos esperava,vida de otaku. Saímos com a Hell e encontramos com o Cava no metrô, andamos pelas estações e encontramos o resto do povo na estação Tiradentes, ao lado do instituto Dom Bosco.

Tudo estava perfeito, animação e agitação, fotos, jogamos Guitahero na guitarrinha-qq e dançamos no dancejump. ^^

Apesar de não ter Mupy, lá estava eu para saciá-los -n Foi um dia muito produtivo, conversas adultas com Link, por isso que eu amo muito eles, sempre me fazendo sorrir ou fazer alguma loucura que não me arrependerei depois.

O céu já escurecia e tocava músicas agitadas, fomos fazendo uma roda e dançando, realmente o Klê falara que iriamos dançar, mas não literalmente, foi foda.

Show da j-squad, o que posso dizer simplismente e complexamente de mais. Sempre perfeito.

Todo fim de evento é a mesma história, pernas cansadas, fome e sono. Quero minha cama.

O melhor de tudo foi ver a Hell comendo um maracujá inteiro, o Lipe comendo manga com casca até o caroço, o menino desconhecido comer uma banda de cebola e o Paulo comer um kiwi com casca...

Momentos como esse não tem preço... não mesmo.

Lamentei quando cheguei em casa, mas as coisas acabam para poder recomeçar, essa é a lei não é?

Fiquei mal nos dias que se arrastavam, tanta coisa para fazer e eu não tinha controle de nada, fugir nunca é o certo, pelo menos quando se trata de problemas.

Mas uma pessoa me disse que confiava em mim... isso já é motivo para não desistir.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cap 13 Churrasco


Sábado dia de sol, milagre nesse inverno. O dia começou cedo para muitas pessoas, encontrei com Hell nas escadas, descemos elas e chegamos ao pátio do prédio, checando se tudo estava ok.

A lotação passou bem na hora que estavamos chegando no ponto, saímos correndo quando o motorista parou, subimos no automóvel rindo, e agradescemos.

Descemos no Terminal geral do bairro, não demorou muito e logo encontramos quem procuravamos, Lipe estava trazendo a churrasqueira e um pouco de carne, saudades, muitas realmente, a espectativa para esse dia foi muito superada, foi perfeito. Pegamos outra lotação e fomos encontrar com o resto do pessoal, todo mundo mora longe, um em osasco, outros no extremo sul da capital. Enquanto eles não chegavam no ponto de encontro, ficamos cantando no meio do metrô.

Olhares ignorados, preciso treinar minha voz se quero cantar no Animeke. A hora combinada foi atingida, apareceram o pessoal pelas catracas, Hell saiu correndo para abraçar a Yumi. Comprimentei todo mundo, muitas saudades.
Eles nunca haviam vindo para o fim do mundo que é onde eu moro, só o Lipe, ele já participou de um projeto com a gente na minha escola. Era a turma do 6065 fora de eventos comendo churras na garagem da Hell.

Voltamos para casa e paramos no mercado, compras com o pessoal, real.. só zueira.. a gente nem sabia escolher um peito de frango. A Smirnoff saiu do carrinho de compras umas cinco vezes, estávamos na fila de até 10 ítens, abrimos o salgadinho antes de sair do mercado ou passar ele no caixa, estávamos morrendo de fome.
Link e Marcello pagaram a conta, e eu esqueci de devolver o dinheiro para eles, deu uns 60 reais.

A lotação que levava para a rua de casa demorava a passar, ficamos comendo e bebendo no ponto, até a 86 aparecer.
Yumi, Mika, Denni, Link, Lipe, Cello, Mupy(eu), Hell... ainda falta uma pessoa. Lilla não pode aparecer, ela tinha sido convocado para trabalhar nesse dia, mas não é dela que me refiro. O momento para acender a churrasqueira foi doloroso.

Sem Álccol normal, só em gel fizemos milagre, e ela acendeu.
Primeira grelha de carne, ai os estomagos estavam doendo-qqq. Mas deu tudo certo, comemos e comemos, bebendo refri e conversando. Ouvindo caraoquê de anime, tarde calma e perfeita. Recebemos uma ligação. Paulo estava em Itaquera, era ele quem eu me referia, ele ia chegar um pouco depois da gente.

Tentamos explicar como ele faria pra chegar aqui, e uma coisa eu descobri, a Hell não é boa com essas coisas- brinks.
Ele se perdeu no caminho, tivemos que ficar falando com ele no celular de 5 em 5 minutos e foi quando a Hell foi buscá-lo ele não estava muito longe, mas como ninguém conhecia nada da onde morávamos ficar por alí poderia ser assustador.

Mais uma rodada de carne e depois.. sorveteeeee. Uma rodinha formada e todos comendo o bendito napolitano. Eu realmente amo muito todos eles, depois de arrumar a garagem fomos para a casa da Hell, o quarto dela estava o caozinho...hihi, já era anúnciado isso desde quando eles chegaram.


Todos entraram no quarto e ligamos o PC, Klê estava on, tadinho ele não pode vir porque estava trabalhando, fizemos ele ficar com vontade falando com ele no microfone e zuando. Eu caí na cama primeiro, estava exausta, depois o Dennizar me empurrou pro lado e caiu também, aí vei o Cello e se ajeitou num cantinho do colchão. Hell sentou-se no chão em cima dos cobertores, Link comandou o PC, Paulo e Lipe ficaram em pé olhando e falando com o Klê pelo microfone.

Nessa hora, ao som de Comitiva do Rock eu fechei os olhos, me senti tão bem com todo mundo alí, fiquei imaginando como seria todos morando juntos, realmente perfeito. Não queria ir embora e nem que eles fossem, mas as coisas nem sempre são como a gente quer. Chegou uma hora que minha mãe me chamou, iriamos sair naquela noite. Também estava meio tarde para eles, todos desarmaram as barrascas e foram embora, despedidas sempre são chatas, principalmente quando o dia é bem curtido.

Thiago havia conhecido o pessoal quando eles chegaram, foi um encontro na rua. Estava andando pela rua, a lua estava no alto e algumas pessoas aproveitavam a noite fresca. Thiago estava em seu costumeiro terno acompanhado de Levi, os comprimentei e continuamos andando, ele não me falou nada e eu tinha esquecido totalmente dos acontecimentos.

Chegando ao destino eu estava quase dormindo, com a cabeça baixada escutei o nome dele, ergui ela e ví uma coisa que me deixou muito feliz. Thiago tinha se oficializado no trompet, isso me alegrou muito, e eu tinha esquecido que era o teste dele naquele dia. Voltamos para casa sorrindo, chegamos, ficamos conversando na sala. Realmente eu o amo muito, penso em todas as coisas que aconteceram, vão ser 8 meses, 8 meses.

Quando estava distraída ele me pôs um saquinho de presentes na minha frente, era um hidratante de erva doce.

▬ Eu já senti esse cheiro em você▬ falou ele▬ e eu gosto dele.

Sorri sem jeito, sempre ficava assim sem graça. Mas as horas corriam e eu estava precisando da minha cama, Thi foi para casa e eu fiquei um pouco na frente do PC. Mamãe chamou para deitar e eu obedeci, raramente faço isso. Troquei de roupa e caí na cama, já sonhando.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cap 12. Goteira


O som da gota caindo na pia era o único som naquela madrugada, estava me arrumando quando passei no banheiro e apertei o registro, silêncio.
As coisas estavam se arrumando, a cada dia que passava mais uma coisa acontecia ou deixava de ser importante, o fim do ano era próximo, nem estava acreditando na velocidade que os dias passavam.

Estava sentada no ônibus vendo as coisas passarem pela janela, o motorista corria, o tempo era frio,congelante, o inverno aquele ano estava nos castigando.

A sala do curso estava vazia, só alguns alunos compareceram.O docente tinha um costume muito bem vindo, deixar tocar beatles enquanto faziamos atividades, realmente essa parte eu sempre amei.

Hell não estava mais indo para a escola, de tantas faltas mesmo que tirasse boas notas ela não iria passar de ano, então trancou sua matricula até o ano que vinha. Voltei sozinha para casa, o ônibus estava lotado.

Ele adentrou o território domeu bairro pacato, desci no ponto final e caminhei atéem casa, coloquei a chave na fechadura e virei, já dentro a tranquei e sentei na frente do PC.

Todo ano acontecia as olímpiadas, matemática, física, português... fui escolhida entre 12 alunos para construir um artigo de opinião, sobre? O meu bairro.
A semana passou como uma hora, e eu não fiz o artigo, no dia de entregar faltei mas já o tinha feito... as vezes eu me odeio.

Eu era a maior expectativa dos professores envolvidos, eles estavam confiando em mim... eles esperavam que eu tivesse feito algo,eu tinha capacidade para aquilo. Mas os decepcionei...

O complexo de inferioridade é algo psicologico, vivo a vida pensando não ser nada além do cenário dos outros,é dificil conviver com isso.

▬ Você é burra pensando assim, se você acha que não é capaz de conseguir seus resultados demonstram outra coisa...▬ as palavras do professor de inglês ainda ecoam em minha cabeça.

Entreguei a redação ''vencida'' para Clarisse, ela sempre me disse o quanto eu era boa nas minhas redações, ela foi quem eu mais me arrependi de decepcionar.

Mãos dadas e dentes tremendo, voltei com Thiago, estavamos em uma época dificil no namoro, não era brigas nem nada do tipo... estávamos sem tempo um para o outro, ele falava com intusiasmo as coisas do curso e eu pensava em meu RPG, uma contradição estranha mas mesmo assim eu o ouvia e ele ria das minhas histórias virtuais.

Tocava T.a.T.u enquanto eu pesquisava algo na net, estava com saudades de Hell, nunca mais fiquei na casa dela zoando e nem dormi, na verdade eu nunca dormia quando ia para lá. A vida estava se complicando e eu estava ficando perdida no meio das opções.

Mandei uma foto para um amigo no msn, foi quando ele me disse que eu tinha cara de 14 anos...surtei, como assim? Mas ele fora só o primeiro '-', mas 3 apareceram falando que eu tinha cara de 15 e 16, por que não acertam? Sei que não aparento ter 17 mas me chamar de menina é pedir barraco.

Suspirei quando a janela do msn piscou, era ele, digitei palavras gentis e um saudades verdadeiro, ele respondeu como eu...

Não via Gus a quase 4 meses, o encanto de estar na Lan e sorrir comendo Doritos, estava se esvanecendo com o passar das conversas sem dispidida.

Amarrei uma cordo no tornozelo e saltei da ponte alta, uma gota caiu na água antes de mim, um goteira? Um choro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cap . 11 Frio de congelar


Estava muito frio, saí de casa naquela madrugada sem Hell, acordei atrasada devido a hora que fui dormir. Falei para ela ir na frente, mas quando eu cheguei no terminal não peguei o mesmo onibus que ela. Rever o pessoal foi muito bom. Mas indo para meu ponto encontrei com alguém que sentia muita falta, Pe, amigo desda 7º serie. Estava esperando a lotação junto a uma amiga para ir para a escola. Ela se chamava Kehl, muito símpatica e kawaii.

O metrô estava esmagante como sempre. O calor humano era o que esquentava as pessoas naquele vagão. Chegando no Tatuapé Pee e Kehl desceram para o lado oposto da radial e eu caminhei para o lado da Celso Garcia. O vento bagunçava meu cabelo, passei por alguns universitários e pensei no ano que se aproximava, fiquei com medo de tudo...

Passou algumas horas, fiz o que devia e peguei um onibus para voltar para casa. Cheguei em casa cedo, fiquei pendurada no PC e nem dormi, naquela noite havia dormido 2 horas somente.

Na escola parecia um zumbizinho, fui escolhida junto com 12 alunos da escola para participar da olímpiadas de português. Um texto argumentatico... artigo de opinião. Gosto de escrever mas o tema tem botado dificuldades: Meu bairro.

Não planejei o que iria fazer e relaxei até quando deu. Já não era quinta e sim sexta.. haveria aula de inglês no curso e eu ainda não dormira. Vou para o curso como um zumbizinho. D:


Naquela reunião dos escolhidos Thiago também estava, bem sabia que ali não era a praia dele. Ele era a exata e eu a humana, ele estava perdendo uma aula de matemática e eu pude ver o quanto ele desejava estar em sala.

Ficamos descutindo temas e assuntos até o intervalo, subi para a sala e deixei meu material em minha carteira, passei pelos corredores e entrei na sala dele, ele não estava na sala, quando dei meia volta para sair ouvi alguém falar em minha orelha.

▬Oi.

Meu coração disparou e eu sabia que era ele, rindo me virei e bati no ombro dele sem força.

▬ Seu bobo.

Ele sorriu e me levou até o fundo da sala, aonde se sentava. Nos abraçamos e ficamos fitando um ao outro ali pelos curtos 15 minutos de intervalo. Passou tão rápido que o docente já havia adentrado a sala, saí correndo, felizmente Clarice não havia chegado na minha sala, me sentei e fiquei arrumando meu cabelo. Quando ela chegou passou algumas coisas na lousa, o que ela mais odiava fazer no 3º ano do ensino médio.

A última aula fora adiantada, saímos cedo, Thiago ficou na escola e eu vim para casa. A noite estava tão fria e escura, não havia névoa como nos outros dias mas o ar úmido fazia com que meu nariz escorrece e ficasse vermelho.

Coloquei a toquinha na cabeça e lembrei do comentário do Ché.

▬ Com todo respeito, mas você tá mô gata com esse novo vizul.

Também amei minha meicha loira na nuca e o lizo ao invés do cachiado, agora tinha encurtado a minha franja.

Sorri e abri a porta de casa, Lilla ainda estava no PC, fui preparar algo para comer e assim que ela saiu fui twittar.




terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cap 10 Sopa de Conchinha


O prato fumegava, a sopa estava tão quente que eu queimava minha mão atravez do fundo do prato.

A noite fora tão fria que pude confeçar que era inverno de verdade.
Na noite anterior havia demorado tanto para dormir que naquela manhã eu acordei 12:30... nem acreditei, fazia uns 10 meses que eu não acordava aquela hora.

Sentei na frente do PC assim que lavei meu rosto e escovei meus dentes. Era instântaneo. Mas nessa tarde foi diferente, arrumei a casa, ou melhor o que deu pra mim arrumar. Não liguei muito pro Twitter, nem para o MSN que piscava constantemente.

O tempo passou rápido, mami chegou e logo Lilla se apossou do PC, começei a me arrumar para ir para a escola.
Tomei um banho bem quente, uma meia calça roxa em cima da meia cinza. Deixei a prancha esquentando enquanto procurava um vestido, lá fora quase caia neve. Pentiei meu cabelo e fiz uns retoques antes de colocar o sobretudo e o cachicol roxo.

Me olhei no espelho e peguei a bolsa, o guarda-chuva e a chave da porta, dei tchaus e rumei para a escola. Garoava e eu logo senti meu nariz pegar fogo, deveria ser o frio queimando-o e fazendo com que ficasse vermelho. Sentei na minha mesa, não havia docente na sala ainda.

Minha amiga se aproximou e tocou no meu nariz perguntando.

▬ Você estava chorando?

Sorri e falei não sem saber o por quê...

▬ Seu nariz tá vermelhinho-riu ela.

▬ É o frio. Quando falei isso me lembrei daquele primeiro dia em que escrevi no meu diário, era algo como nariz vermelho... nem me lembro mais.

Era tão estranha aquela época, hoje eu entro no MSN e falo com Gus, e na msg pessoal dele está escrito. Te amo Laura...

Eu vejo que ele conseguiu uma pessoa para amar, não que me incomode, mas eu tenho ciumes dos meus amigos. Claro que se Will visse eu dizendo isso falaria que eu gosto do Gus e não do Thi..

Não quero mais me lembrar daquelas confusões. As matérias estão fáceis por enquanto nesse começo de bimestre. O que me preoculpa é o ENEM e o SARESP, ainda estou mais aflita em saber que a USP não vai usar a nota do ENEM porque a prova vai ser muito em cima do vestibular.

Vou me matar se isso for verdade. A ultima aula começou, física, anotava algumas coisas no meu caderno e no meu diário, lembrei de uma lenda chineza que Lilla me contou, o motivo pelo o anel de casamento ser posto no dedo anular.

No intervalo da escola eu sai da sala, fui para o 3º B, conversei um pouco com Milly, depois fui para a sala do Thiago, fazia tempo que eu não ia lá nos intervalos, ele estava ajudando uma menina na conta de matemática, fiquei conversando com minha 'filha' quando olhei para ele e ele falou.


▬ Oi né?

▬ Ora o cubo mágico é mais importante que eu...

Ele olhou para o cubo em suas mãos e riu...


▬ Se você viesse aqui e me desse um beijo você iria ver como eu largo esse cubo rapidinho.

Rí daquilo e olhei para a sala, estava tão cheia, nunca gostei de ficar com ninguém em público, nem com meu namorado, acho que isso é um momento só meu, não gosto de telespectadores.

▬ Tem muita gente- falei baixo. Ele fez uma careta mas se levantou.

Estava sentada numa mesa e ele fez o mesmo só que de frente para mim, pegou em meu rosto e me deu um selinho.
Sorri como se fosse o primeiro que ele tivesse me dado. Enfiei minha cabeça no peito dele e inspirei o perfume dele, não queria o largar, estava tão quentinho.

A volta para casa foi em baixo do guarda-chuva, garoava de leve e o ar era congelante. Paramos na frente do meu prédio, o abracei e fiquei fitando seus lábios, ele fez o mesmo...
Dando um selinho ele se fez de dificil e eu não fui boba.

▬ Tudo bem, tchau..

Brinquei mas ele logo me pegou de volta e me abraçou dando um beijo demorado. Subi as escadas arfando de alegria. Amanhã para mais felicidade iria sair com Hell para fazer umas coisas no centro, como eu amo sair de madrugada.