sábado, 22 de janeiro de 2011

Cap 7 Eu posso?


















Mesmo que eu escondesse todo aquele sentimento dentro de mim, não haveria... motivos para derramar lágrimas. O que foi tudo aquilo? Tão escondido, tão oculto... Foram tantos olás, mas diferente da última vez, eu me lembro de todas aquelas faces. As folhas estavam verdes, o sol ainda estava no alto, mas as nuvens se formavam... vinham me desejar feliz aniversário também? Eu olhei para trás, não havia marca nenhuma. Alguém me puxou, abraçou fortemente, secou minhas lágrimas. O grito que permaneceu na garganta ainda me acompanha, a queda, do alto salto que eu dei, ainda me assombra... aonde escondi o sol da manhã, se para mim a lua e o reflexo dela são as mesmas coisas?


Nem todos estavam lá, mas os que estavam já eram suficientes para sarar a ferida que não tinha cura no meu peito... aonde estão vocês? Aqui. A boneca pousou a mão no peito... ela era diferente de todas, por isso fora jogada fora, estava no alto dos entulhos, bonecas não tem sentimentos.. não tem...

Não preciso que me deem corda, preciso que sejam o motivo para que eu precise dela. Estavam todos em volta da toalha, havia muita comida...


***


As unhas vermelhas digitavam, ali não era sua casa, o quarto da Hell estava escuro, alguns sons vinham da rua, e o relógio mostrava a hora avançada.
Eu dizia hello para mim mesma enquanto tentava acordar das minhas lembranças, mas vamos de novo, desdo começo.. quem sabe dessa vez eu aprenda algo realmente, ou simplemente dizer arigato.


***


O campo estava úmido e cheio de barro, os passos ficavam marcados na grama molhada, chuvera? Não ainda, não por cima de nossas cabeças. O coberto era o meio mais sã, a marquize se encontrava cheia, as pessoas sempre se abrigam lá quando começa a chover... quando começa...

Era a comemoração do aniversário, era um dia especial e eu sentia isso dentro de mim, não só para mim, Link voltava a fazer dezessete anos e eu virava idosa, quem sabe a mais nova idosa do grupo. Um telefone tocou, Hell não viria, Denny também não, mas enquanto eu estava sentada na toalha e pegava um bolinho para comer algo do meu lado se jogou.


Medo, é quem é que não tem medo quando uma pessoa se joga a ponto de morrer de cara no barro? Lipe, era de se esperar, mas quando voltei minha atenção para rir com a galera, um bolo... não surgiram lágrimas na hora, Denny segurava -o sem camisa, sempre folgado-n, Hell cantava parabens pulando... aquilo era sonho?


***


As lágrimas descem ao som de Hello do evanescence, queria que tudo voltasse, que se repetisse... que fosse eterno.


***


As velinhas foram sopradas, nem me lembro se desejei algo ou não. Sei que muito estavam desejando um pedaço de bolo como eu. Prestígio de um lado, para Link, morango do outro para mim, o bolo não foi comido inteiro, ninguém aguentava, mas Ivã fez o favor de achar um bom rumo para o coitado, sua barriga.

Os passos da dança se manifestavam, apesar dos meninos falarem eu sei que não danço nada, e apesar disso eu me divirto trocando passos a toa. Hall's, eu conheci naquele coberto, ele foi tão simpático, como se fossemos amigos a muito tempo atrás...

As lágrimas geladas da chuva molhavam a terra, sentada abraçando o ursinho que Denny me dera as fitava desolada, no colo Toad, o cogumelo que Cavas me dera, abraçados sentia um calor, um calor...

Mas o relógio nunca fora com a minha cara, e a tarde se estendia rapidamente, no momento em que eu discursei quando ia partir o bolo falei que amava a todos, acho que realmente é isso que eu sinto... gomen, gomen por não ter falado um obrigada mais intenso, mais satisfeito... isso ainda permanece em minha garganta. Meu grito.



***


Hell dormia, meu estômago doeu, precisava comer algo, mas a preguiça de levantar e procurar algo pela cozinha desconhecida vencia minhas vontades.


***


Todas as risadas, todas as fotos, piadas e vozes, permanecem comigo, permanecem dentro de mim... não sou chip, nem nada computadorizado, aprendi a amar.

O que esconde ai dentro? Me diz, vai.. eu sei guardar segredo, eu posso?

Eu posso saber? Eu posso falar? Eu posso ajudar...
Eu posso...

Aquela semana foi a melhor semana que eu tive desde que o ano se tornara novo, olhando assim, até parece que se passou muito tempo... mas as coisas passam, alguém as esquece mas em mim permanece, todo sentimento, toda sensação.. e não quero que sejam apagados...


Já não era dia 8 de janeiro, os dias passaram, e a madrugada era classificada por um dia especial, se eu tentasse descobrir tudo que poderia me encomoda, o tedio seria uma delas... mas quem si importa? Quando se tem esperanças de que alguém chegue em você e diga Olá...


Eu posso?! Você pode... sempre.


As palavras que eu digitava pareciam tristes demais para demonstrar a minha alegria, mas '' Que contradição, só a guerra faz nosso amor em paz.''

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cap.6 Grito oculto.


Um grito pode ser de alegria, pode ser de tristeza, de conquista, de descrença, de escândalo, de ofensa...

Aquele dia o grito estava dentro de mim mas decidi não solta-lo, o grito... a liberdade? Quem poderia afirmar que aquilo não me feriria como feriria os ouvidos daqueles que o ouviriam.

***

Era 23:30 senti um frio imenso na barriga, ainda era dia 5 de Janeiro, no chat o pessoal começava a contar os minutos para meia noite, o que estavamos esperando mesmo? Ah, sim... no dia seguinte estaria entrando para a maior idade, mas que diferença eu encontrava ali?

Demorou menos de dez minutos para eu sentir o peso conjunto que a idade iria me trazer, um salto.. não como no capitulo anterior, um salto de responsabilidade, pressão e batalha... o que me restava era não olhar para trás em nenhum segundo... mesmo que a noite a lua fosse quem reinasce nas manhãs quem nascia novamente era o sol, então eu tenho todas as chances que eu precisar? Vou aprender a aproveitar tudo que me é dado, quem sabe um dia eu posso desfrutar de todos os votos que almejo.

***
O ar pesado, minha garganta doia, a pressão que eu fazia nela para encobrir a voz pesada, consequência de um choro cerrado dentro do coração, estava tentando manter minha máscara... mas ela estava rachando para demonstrar o que eu guardava dentro de mim...

***

Os milhões de parabéns me trouxeram muitos sorrisos, muitas lembranças e saudades... e eu pensando que talvez aquele aniversário fosse igual aos outros, sem marca alguma, ou sem marca em mim.

Os planos para o dia foram se estendendo, ao exato foi dificil, mas acabou tudo dando certo... mas para aqueles que assistem o que é certo? Ou quem pode jugar o que é errado em acontecimentos que fazem os outros rirem?

Sentada nas escadirias do metrô da Liberdade junto dos meninos eu pensava em muitas coisas, em coisas passadas e recentes, no que a Ami falou de mim... no que os outros pensavam de mim... em como eu estava escandalosa naquele dia... em como seria aquele dia se eu não os tivesse junto de mim.

As horas passaram rapidamente, alguns momentos em um fliper bem conhecido, capturi e banco do brasil não tem preço, porque eu não os trocaria por nada, não sei ainda como irei agradescer o Lipe, o Biel e o Lux por me fazerem sentir viva e com motivos para sorrir a cada palavra que escultava.
***

O som do piano tocava pelo fone, pude escultar da cozinha a música, uma abertura de um anime que me acalmava.

***

A chuva da tarde nos atacou, mas ela nem vilã era, dentro do trem com Lipe eu repassava algumas lembranças, a memória.

O presente estava em cima da escrivaninha, uma agenda linda, não chorei mas agora que me lembro as lágrimas me vem no olhar. A mesma sensação que eu tive quando meu pai me ligou desejando feliz aniversário... surpresa... aquele momento eu senti o grito de felicidade atingir me interiormente, mas para que a sensação não passasse eu o manti dentro de mim.


***

O cubo do jack ainda está na minha chave, as agendas de reflexão ainda estão no meu guarda roupa, as roupas ainda em suas pratileiras e cabides, e aonde estava meu coração... aonde a boneca de pano andava? Bati em sua caixa e nada ouvi, mas ela ainda estava lá, dormindo... com os olhos abertos... esqueceram de deita-la... um dia ele volta a acordar.

***

As palavras podem sair sem sentido quando tentamos demonstrar o sentimento com as palavras, o amor que estava me acompanhando por aqueles dias ainda é mantido comigo, assim eu sei que não sou reflexo de uma ilusão destruídora.

***

Naquela manhã eu não havia dormido ainda, fazia três dias que não via Thiago, nem falado direito com ele, no aniversário um telefonema, ele não poderia passar comigo o meu dia...

A voz de reclamações estava falando, mami estava reclamando.. reclamações que faziam com que o peso dos ombros ficassem mais pesados, não são dias comuns, não eram assuntos estranhos... aquilo estava se tornando banal, não é isso o que eu queria... tentei fugir.. mas ninguém pode fugir de si mesmo.

Um grito, sim um grito poderia acabar com tudo aquilo, poderia machucar corações, ofender pessoas, um grito de liberdade? Grito de expressão? Grito sem sentido... não sei classifica-lo, mas ele ainda permanece em minha garganta e eu espero que um dia eu possa solta-lo sem que ninguém olhe para o lado como se eu fosse louca mais sim como se aquilo fosse um fator para o sorriso de outra pessoa.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cap. 5 Como ser bicho do mato.

Como ser bicho do mato, com Helena Cristina julius.

Lição numero um: Primeiramente você sempre tem que estar bem consigo mesma, você tem que pensar em você [b]ACIMA DE TUDO[/b]

Lição numero dois: Seja mais observadora, pense antes de fazer as coisas e mostre realmente quem você é de verdade para as pessoas que você tem [b]certeza[/b] de que são os seus amigos [b]verdadeiros[/b] e que nunca irão te [b]trair[/b]. Exemplo : eu sou aloca, maluca de dorgas só com você e com a minha mãe hmm

Lição numero três: Não seja tão animada, a ponto de os outros fazerem com você o que está acontecendo.

Lição numero quatro : Use e abuse de ahams no msn, de palavrões e mostre o quão você é depressiva e emo

Lição numero cinco : Ignore todas as lições acima, você tem que ser você realmente é, e não mude por fofocas.

E caralho, eu não sabia que essa história iria chegar a esse ponto. Você é a minha melhor amiga, e eu vou ver o que está acontecendo nessa porra de grupo !

PORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAA▬ foi o que eu disse.

Vai virar bicho do mato na puta que nos pariu, menina.

EU RI MUITTTTTTTTTTTTTTTTTTTTIOOOOOOOOOOOOOOOOOOO▬ eu não consegui mais dizer nada.

***

Você deve estar se perguntando o que é isso, então não vou deixar as dúvidas se expandirem.

O que acontece quando um ato seu, mesmo que por inocência e pura despercebição machuca outra pessoa de uma forma tão violenta que a faz ter raiva ao ponto de não gostar de você?

***

As palavras que eu li na janela que piscava me fizeram chorar, lágrimas de por quê e medo, se misturavam ao teclado... mas tudo passa, tudo passou.. tudo sempre fica para trás.

Quando me vi naquela situação suspirei e ergui a cabeça... sei que eu também não estava totalmente certa e tinha que ouvir aquilo para poder crescer um pouco, já que... era 00:00 e significava que depois de 24h eu teria 18 anos e muita responsabilidade.

***

▬ Hell, como se vira bicho do mato?

Foi assim que começou tudo aquilo que você acabou de ler ali em cima... é... palavras da Hell me deram ânimo.

***

Estava combinada de fazer algo naquela tarde, mas alem de ficar sentada na frente do PC, só bocejei e pisquei os olhos, uma dor me atacou e eu me lembrei que tinha que almoçar... antes qeu alguém queira me bater quando ler isso, eu sei... ai é quando se perguntam, como alguém esquece de comer?

Humpft...


Pintava minhas unhas de branco e pensava nas noites que eu passei na casa da Hell no mês passado, bem que poderiam se repetir, era tão bom ficar com ela...

Mas a vida não é só voltada a uma pessoa, e ainda tinha pensamentos guardados das outras noites que dividi com Thiago pelo msn, era uma pequena discurção, ele falava o que ele não gostava, e eu falava que eu não iria mudar... sim eu sei.. por esse lado parece que ele queria me mudar, mas eu é que não queria entende-lo... concientimente...


Depois de uma hora de discurção, peguei o telefone e disquei, não poderia dormir com aquilo na cabeça... sei que as vezes ele ficava ofendido com o que eu dizia e a única frase que me assolava era:

Se fosse outra alguém que você namorasse, você faria isso?

***

O tempo passa lento quando quer, mas esperamos tanto que ele passe.. porém ele nunca acaba, ele é infinito. Ele ajuda a curar, ajuda a esquecer... ajuda a ser feliz e a construir o que se quer fazer, mas ninguém pensa em respeita-lo... talvez quando eu começar a confiar no tempo, eu possa enxergar tudo isso que me força crescer...

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cap. 4 Chuva de prata.


O céu estava quieto, os segundos estavam sendo contados, uma explosão e o clarão movimentou o nada que eu via na escuridão, a chuva de prata desabrochava depois de ouros avermelhados se abrirem como rosas no meio da noite.


***

Em casa assistia Just Be Friends [Vocaloid] em HD live no You Tube enquanto falava com algumas pessoas pelo MSN. Era a madrugada de um domingo, dia 2 de janeiro e a cada dia se aproximava o dia do meu aniversário. Estava empolgada, já que depois desse dia eu poderia ser presa, ou até mesmo dirigir.-q

***

Era exato dia 31 de dezembro, o dia todo foi passado na frente do computador enquanto o ânimo não me atingia, semi nua e coberta pelo coberto o calor me consumiu mas mesmo assim não deixei meu aquecedor.

Lilly estava no PC, enquanto tomava banho, a água quente caiu no chão e logo se esfriou, os pensamentos que não me deixavam em paz desejavam totalmente que eu passasse tudo aquilo que esperava em casa, deitada ou sentada na frente da TV vendo um show que eu não estava vendo de verdade.

O ferro passava o vestido que pretendia vestir, nos pés a sandalha gladiadora, o espelho fora a testemunha da minha arrumação, em minutos, não longos e nem curtos estava pronta, olhei para a janela e sem a mínima ideia do que fazer até dar a hora de criar coragem e sair de casa.

As teclas do telefone foram precionadas, o tu tu da linha trazia anciosidade. Tef atendeu o telefone.

▬ Anjo, posso ir aí?

▬ Vem, acabei de me arrumar logo a gente vai pra casa da minha vô.

▬ Certo, tô indo.

O portão da casa da Tef estava aberto, cheguei no quarto delas e ainda estavam se arrumando, mas logo estávamos na casa da vô dele, onde sempre passavamos o Ano novo juntas. Thiago apareceu um pouco depois, e quando ele me levou para a casa dele não sei mais o que aconteceu por lá.

***

Agora tocava
Innocence Live, Lux me passava as músicas do show das vocaloids, simplesmente lindas. Eram 2:25 da manhã, meus olhos doiam de sono, e a cabeça já não raciocinava bem como antes, mas ainda não era hora de ir para a cama.

***

Da laje da casa do Thi tinhamos uma grande vista, a garrafa de champanhe era só nossa, o que acabou em menos de cinco minutos, sussurros de feliz ano novo e beijos desbocados tornaram cena em especial, um momento que eu esperava, apesar de tudo que ainda não saia da minha cabeça foi uma boa noite, um novo ano estava vindo ao nosso encontro.

O que estava esperando de tudo aquilo? Aonde eu enfiara meus ideais, estava na hora de acordar, não era momento de se transformar na coitada sem esperanças, aliás no que ela acreditava além de um futuro misterioso? Tanto fazia, tudo começou a fazer menor importância naquele momento...

O som era alto na casa do lado, as ruas estavam movimentadas, muitas crianças jogando bombinhas.

***
Coçei meus olhos.

***

Alguns dos meus amigos passaram em outros lugares, outros viajaram, quando o ano findou e o novo chegou caminhamos pelas ruas, Thiago me guiava, porém ele não se lembrou de uma coisa, eu também tinha pessoas que queria desejar feliz ano novo, um momento, sim foi meio egoista, mas eu também era as vezes...

Ele não notou porém, me senti meio tirada da minha realidade, o que na verdade era aquilo? Não desejava aquela mudança total, nunca fui tão fechada pras pessoas como me senti naquela noite, passei a noite toda com ele e a família dele, mas o que mais era importante para mim além de abraçar quem eu amava era poder escolher aonde ir, e eu podia, mas não o fiz. Até agora não entendo o porquê.

Exausta e com sono, sentei na cama dele e me deitei, Thiago deitou na minha frente e eu o abraçei pelas costas, encolhida alí, meus olhos se pregaram... o dispertador não tocou mas Thi acordou e fazendo isso eu despertei, antes de mais nada eu falei.


▬ Tenho que ir para casa...

▬ Vamos.

Falou ele, passei no banheiro e fitei minha cara de sono no espelho, OMG, eram quatro horas da manhã.

Me perguntei sobre algumas coisas mas nada que minha lembrança não anunciava tinha acontecido, meio aliviante... as escadas eram cansativas até chegar em casa, mas assim que ele me deixou na frente de casa e me beijou, entrei e sentei na frente do PC.

***

A gelatina estava na minha frente, fome e sono... mas ainda não era hora de ir para cama...

***

As horas passaram rapidamente e quando olhei o relógio eram oito horas da manhã, estava claro e assim que as pessoas acordaram eu fui para cama... um dia que se estendeu sem graça alguma...


Quando me encontrei com Thiago a noite por alguns minutos, pensei em como me senti na noite passada, mas não era de forma nenhuma culpa dele.. não que eu me arrependesse de algo, mas eu sei que talvez eu pudesse ter aproveitado mais, porém tudo aquilo que eu passei com ele eu não troco por nada.

O ano começou e o que me resta é esperar para ver se consigo controlar o que nada sei, porque eu sempre sigo sem saber...