domingo, 18 de setembro de 2011

4º Temporada - 1º Capitulo - Meus casos

Os cabelos me cobriam os seios enquanto a água jorrava sobre a minha cabeça, a vontade quebrar aquele banheiro me era muito forte, mas susseguei.

Tudo estava acontecendo tão rápido, as coisas estavam mudando e muitos lamentos e dúvidas se juntando, mas tudo bem, nunca prometi ser forte e também nunca disse que era capaz, mas por enquanto vou acreditando que posso.

***

A aliança já não envolvia mais o dedo, estava sendo apertada levemente, era uma sensação tão ruim. Eu fechei a porta depois de devolve-la, ele me disse que não queria chorar na minha frente, mas havia tantas coisas que eu desejava conhecer, nunca gostei daquele sentimento de prisão que eu sentia.

Thiago me entendeu, entendeu que eu não conseguia mais ficar com ele e por isso ele aceitou e saiu, caminhou lentamente achando o chão para não cair em sua tristeza, não namorávamos mais.

***

Filipe estava sentado na arquibancada comigo, estavamos comendo yakissoba e rindo a toa, olhando Neko, nadando em seu aquário emprovisado. Começou a chover lá fora, só havia casais ali em cima, o coberto fazia um som de pingos fortes mas nada nos molhava. Ele me pediu um beijo, fazia um mês que não estava mais junto de Thi, era estranho, seria a primeira pessoa que eu beijaria depois dele. A tarde inteira se passou e eu fiquei ali com Filipe, abraçada na arquibanca ao pescoço dele enquanto ele me fazia esquecer do resto.

***

Descemos a Augusta inteirinha, uma garrafa de vinho na mão e rindo abertamente, a noite estava fria. Houve um apartamento, uma madrugada de rock a claro, bastante cerveja e um amasso sobre o tapete.

***

E Thi estava sentado na cadeira de plástico, duas garrafas de vinho sobre o freezer, na primeira vez foi um beijo para me acordar, dormi no chão da garagem do Heitor, mais do que isso foi um beijo intrigante, quando estamos bebados fazemos coisas erradas, fazemos coisas que nos faram sofrer ou se arrepender, vemos coisas que não nos faram bem, quero rasgar muitas páginas da minha vida, quero escrever tudo de novo se eu conseguir, tantos beijos, tantas coisas sem sentido isso me deixa irritada com a minha falsidade e putaridade, mas vou tentar explicar tudo o que aconteceu, só espero que quem me conheça não se assusta com minhas ações, as verdades podem trazer espantos mas melhor do que uma mentira lavada, aquela que trás vontade ao coração de derramar lágrimas, se espremer em sua própria verdade contida... algo que atormeta a alma.


Já não tinha mais jeito, não estavamos juntos. Agora era o F ele era um anjo, mas mesmo assim não consigo amar alguém, eu o machuquei tanto, me odeio demais por ter feito muitos passarem por aquela dor no peito. Agora eu entendo, eu choro como troco, porque eu plantei dor para colher o mesmo.

Ainda estou pensando no que o Thi sentiu quando viu o Heitor me beijar, eu já não tinha mais controle sobre nada naquele momento.

No meu mundo de putaria, traição, amigos e alcool, acho que só fui me estragando, espero que ninguém venha aqui ler isso para que depois não me dê uma bronca, eu já estou escrevendo e decidindo mostrar isso porque eu aprendi a lição... não vai acontecer mais.

Estou puta com as minhas atitudes, como posso ser tão irresponsável? Pablo estava deitado no tapete, bebendo comigo e ouvindo som. Jess já havia ido para o quarto, com um amigo... o que não me parecia uma idéia muito legal... fazer o que? Cada um escolhe os seus passos, mesmo que isso seja uma mentira, é o que acontece, e é o que deve se acreditar.

Agora as coisas haviam mudado, estava trabalhando, estava solteira, estava perdida e magoada, com milhões de borboletas no pulso impedindo que esse fosse cortado.
Caindo, não tem aonde segurar, vou olhar para o alto e voltar a escrever depois de muito tempo chorando.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cap.10 Há um tempo.



Eu evitei muito entrar aqui olhar todas essas postagens e abrir minha mente para postar novamente. Mas quando se tem algo que lembra tantas memórias não é fácil abandonar. Ainda leio algumas histórias lá do começo, meus lábios se abrem em um sorriso, apesar de tantas complicações eu vejo que era muito bom tudo aquilo... mas o tempo passa, tudo passa e os costumes, os amigos, tudo vai se esvairando pelo tempo e mudando, se modificando... se acostumando naquilo que é determinado a cada um, só que ninguém percebe enquanto isso acontece e quando olhamos para trás, podemos sentir saudades.

Sim, em todo o tempo que fiquei fora, que não escrevi nada eu chorei, sorri, lembrei, amei... mas são sentimentos e eles afloram quando querem, ou quando precisam.

Estava na sala de espera, mas eu podia jurar que ainda tinha chances, mas quando aquela pessoa falou:

▬Você não foi mal, mas ela foi melhor.

Eu sorri e dei um abraço formal, sai da sala ainda sorrindo, banindo da minha cabeça qualquer pensamento, mas não se pode fugir da própria dor... Apertei o botão do elevador, mas não o esperei, desci pelas escadas com a mão na garganta, ardia muito segurar tudo aquilo que queria sair pelos meus olhos, lágrimas.

Quando olhava-me pelo reflexo do vidro do metrô podia ver meus olhos vermelhos, e era quando eu cobrava mais de mim e minha crença de que mudaria ia sumindo de mim mesma. Os meus pés doiam, o salto era alto, como desejava meu all star naquele momento, estava cançada, com sono e fome, saíra correndo de casa, com o peito em chamas de esperança, mas a chuva me alcançou aquela vez...

Por mais que eu tentasse me recompor não era nada fácil ignorar os ecos dos momentos na minha mente, eu queria sumir.

Abraçar um ursinho, me enrolar nas cobertas e não falar com ninguém, assim agi quando cheguei em casa, mas não é fácil esconder algo que nos aflinge. Por muitas vezes sorri quando queria chorar e muitas mais engoli meu choro para não ouvir perguntas e tê-las que explicar, era como me matar por dentro.

Os dias passaram, mas ainda dói a sensação de que nenhum castelo tem firmeza quando construo, aquilo que eu acredito será... mas é dificil acreditar quando tudo parece escurecer.

Mas há um tempo para fazer com o que o que fazia mal sumir...

Estávamos na área, conversando, na verdade brigando. Eu e o meu sarcásmo convincente de irritação, ele e a incredulidade nos olhos. Não iria ceder, nenhum dos dois...

Aliança não é um bambolê que se põe no dedo para enfeitar, e eu me apego muito fácil as pessoas, mas tenho que aprender também que dizer eu te amo requer muita responsabilidade. Sou aquela que tomou um coração de outro alguém, mas amor não suporta tudo, porque aonde tudo soporta desconfio que exista amor...

Mas os meus altos e baixos de temperamento se acalmaram no outro dia, o que me fez ir até ele e chorar em seu colo com tudo que estava acontecendo.
Aquele dia eu descobri como decepção doia, imagine uma amiga, você confia e ela só estava mentindo, mentindo o tempo todo. No sorriso havia mentira e na própria risada ela zombava de mim...

O que eu deveria esperar? Todos temos que nos acostumar com pessoas nos julgando, falando mal... mas isso me importa, sim, me machuca e eu não consigo esquecer assim rapidamento, infelizmente vai ficando lascas de choros, medos e tristeza aqui, no peito... qualquer dia acho que vou explodir.

O problema do tempo é que ele não avisa quando as coisas vão começar a mudar, e quando notamos ela já começou a muito tempo... e tudo parece ficar rápido. As coisas se foram tão rápido...mas não posso viver no passado, mesmo que seja mais prazeroso viver nas lembranças, tenho que enxergar essa realidade e começar a excluir o meu mundo paralelo.

"Para quem vê meu pequeno sorriso de contento, peço que não o ignore e procure a verdade nos meus olhos, seria mais difícil se a descobrissem... tento mantêr meus segredos e minha dor, escapar com um pingo de esperança para poder sorrir por segundo por causa de uma verdadeira alegria."

As coisas não iriam melhorar por causa de meus choros, na verdade nada mudaria. Mas ainda estou tentando me levantar da minha queda... e aprendi a ser menos escandalosa, com o tempo engolimos o grito e o transformamos em atos.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cap 9. Uma suspeita, nada além disso.



Apenas uma suspeita.



Estava me perguntando porquê que meu blog tinha esse nome. ''Happy Days''... se ultimamente as coisas que andavam acontecendo não me traziam tanta felicidade assim.



A cadeira estava gelada quando me sentei, um sorriso apesar da aflição que eu escondia dentro de mim, Daniel, o nome do médico, muito simpático ele... amigo da Lilly, nem precisei esperar para ser chamada. O posto aquela hora estava bem movimentado, andando pelos corredores, dando ois e sorrindo para as pessoas que acabara de conhecer depois de Lilly me apresentar.



Ela saiu da sala, mostrei a minha unha, bendita unha e-e'. Ele a fitou, demorou um pouco até que voltou a sorrir para mim.


▬Não acho que seja melanoma, porque o cancer quando ele surge é de uma pequena bolinha negra que ao decorrer do crescimento da unha se entende numa linha, mas na sua unha ela apareceu inteira e completa. Talvez seja algum trauma que você teve, uma batida ou algo do tipo que ocasionou o surgimento dessa listrinha.


***


Eu sorri, já estava pensando que iria ter que mudar o nome do blog para '' Girl with Skin Cancer'', tá sei que a piada foi uma merda e muito sem graça e-e'...


***


Mas meu exame não terminava por ali, eu tenho muitos problemas de pele, eu sei '-'... manchas pelo corpo e pele sensível. Recebi três folhas de medicamento, sai com uma sacola cheia de comprimidos e pomadas, agora falta comprar meu filtro solar em gel... e-e' mami e Lilly vão reclamar dos gastos, ou não... melhor ter somente isso do que cancer :3



Sai da sala e dei os tchauzinhos básicos para o pessoal, fiquei pensando se as pessoas da recepção não achavam injustiça quando um funcionário do posto traz um parente fora da região para ser atendido pelos colegas, mas depois pensei mais, se fosse realmente levar a ética assim, ela estaria me prejudicando, e a ética não prejudica ninguém quando é posta corretamente.



Em paz vim para casa. tinha acordado cedinho, o sol nem tinha nascido direito, agora estou morrendo de sono, é eu sei '-'... você diria que era para mim dormir né? Então vem arrumar a zona que Lilly e mami fazem enquanto se arrumam .-.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cap 8. Que hora será...
























...que o sol vai nascer de novo?


Eu esperei muito tempo para poder dizer que estava feliz, precisei esperar que ela fosse embora para poder ficar com a essência dentro de mim, a lembrança.

Poucas palavras sábias, entrei dentro do banheiro e sentei no vaso, mas não o usei, esse não era meu propósito desde que adentrei aquele lugar, curvei-me sobre minhas pernas e chorei, desconsolada.

Não deveria ter ido, não deveria ter aceitado, foi um erro... não, talvez era uma forma de mostrar o que eu nunca deveria fazer, ou ter feito.

***
Mas um mês se abre junto dos astros que o indicam, mas uma parte do grande ano que vem sem preguiça e aparentemente sem pressa. Coisas aconteciam e me perguntei o motivo, mas nunca vem a resposta que esperamos...

Caiu chuva sobre a terra, molhou todos e tudo, consumiu o pó e transformou em barro, o qual nos desvencilhamos para evitar a sujeira... eu fugi.

***

Escolhas e consequências, vontade e satisfações, a vida é feita de tantos quesitos que quem tenta estudá-la morre sem concluir. Estava fora da minha tribo, estranhamente sozinha.

Olhava para baixo e via as escadas rolarem, pessoas e mais pessoas subindo... juntas...

***

Estava sentada na cadeira do cinema, pensando enquanto os treilers passavam, nas minhas responsábilidades, não tinha mais como adiar...
Duas horas dentro da sala escura, olhando para uma enorme dela e pensando que fora uma boa ideia ter ido, mas assim que os créditos passaram desci as escadas murmurando.


I don't believe.

Uma passada rapida no banheiro para cobrir minha desepção, já que lá fora estariam a me esperar...
Não quero mais falar, o silêncio é o maior escape que se pode ter, não quero mais lembrar... vamos, infelizmente tenho que viver.


O sono me atingiu poucas horas depois, não me lembro mais dos sonhos que ando tendo, acho que é por estar dormindo muito pouco, isso me faz lembrar de outra coisa, pain.

Espelho, reflexo daquilo que temos curiosidade, mas não queremos ver... demonstra todos os defeitos, todas as pequenas belezas, as hipocrizias e somente uma contrária verdade.
Aquilo que me encomoda pode ser visto, pode ser tirado... pode machucar.

Mudança é uma palavra que dá medo quando se planeja ela decididamente... e será uma grande, as vezes ficar deitada embaixo do cobertor procurando fugir da luz e das pessoas é mais aconchegante... guardar pensamentos para que se tornem eternos, fazer momentos serem revividos, mas o controle da vida tem muitos botões, menos o replay.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cap 7 Eu posso?


















Mesmo que eu escondesse todo aquele sentimento dentro de mim, não haveria... motivos para derramar lágrimas. O que foi tudo aquilo? Tão escondido, tão oculto... Foram tantos olás, mas diferente da última vez, eu me lembro de todas aquelas faces. As folhas estavam verdes, o sol ainda estava no alto, mas as nuvens se formavam... vinham me desejar feliz aniversário também? Eu olhei para trás, não havia marca nenhuma. Alguém me puxou, abraçou fortemente, secou minhas lágrimas. O grito que permaneceu na garganta ainda me acompanha, a queda, do alto salto que eu dei, ainda me assombra... aonde escondi o sol da manhã, se para mim a lua e o reflexo dela são as mesmas coisas?


Nem todos estavam lá, mas os que estavam já eram suficientes para sarar a ferida que não tinha cura no meu peito... aonde estão vocês? Aqui. A boneca pousou a mão no peito... ela era diferente de todas, por isso fora jogada fora, estava no alto dos entulhos, bonecas não tem sentimentos.. não tem...

Não preciso que me deem corda, preciso que sejam o motivo para que eu precise dela. Estavam todos em volta da toalha, havia muita comida...


***


As unhas vermelhas digitavam, ali não era sua casa, o quarto da Hell estava escuro, alguns sons vinham da rua, e o relógio mostrava a hora avançada.
Eu dizia hello para mim mesma enquanto tentava acordar das minhas lembranças, mas vamos de novo, desdo começo.. quem sabe dessa vez eu aprenda algo realmente, ou simplemente dizer arigato.


***


O campo estava úmido e cheio de barro, os passos ficavam marcados na grama molhada, chuvera? Não ainda, não por cima de nossas cabeças. O coberto era o meio mais sã, a marquize se encontrava cheia, as pessoas sempre se abrigam lá quando começa a chover... quando começa...

Era a comemoração do aniversário, era um dia especial e eu sentia isso dentro de mim, não só para mim, Link voltava a fazer dezessete anos e eu virava idosa, quem sabe a mais nova idosa do grupo. Um telefone tocou, Hell não viria, Denny também não, mas enquanto eu estava sentada na toalha e pegava um bolinho para comer algo do meu lado se jogou.


Medo, é quem é que não tem medo quando uma pessoa se joga a ponto de morrer de cara no barro? Lipe, era de se esperar, mas quando voltei minha atenção para rir com a galera, um bolo... não surgiram lágrimas na hora, Denny segurava -o sem camisa, sempre folgado-n, Hell cantava parabens pulando... aquilo era sonho?


***


As lágrimas descem ao som de Hello do evanescence, queria que tudo voltasse, que se repetisse... que fosse eterno.


***


As velinhas foram sopradas, nem me lembro se desejei algo ou não. Sei que muito estavam desejando um pedaço de bolo como eu. Prestígio de um lado, para Link, morango do outro para mim, o bolo não foi comido inteiro, ninguém aguentava, mas Ivã fez o favor de achar um bom rumo para o coitado, sua barriga.

Os passos da dança se manifestavam, apesar dos meninos falarem eu sei que não danço nada, e apesar disso eu me divirto trocando passos a toa. Hall's, eu conheci naquele coberto, ele foi tão simpático, como se fossemos amigos a muito tempo atrás...

As lágrimas geladas da chuva molhavam a terra, sentada abraçando o ursinho que Denny me dera as fitava desolada, no colo Toad, o cogumelo que Cavas me dera, abraçados sentia um calor, um calor...

Mas o relógio nunca fora com a minha cara, e a tarde se estendia rapidamente, no momento em que eu discursei quando ia partir o bolo falei que amava a todos, acho que realmente é isso que eu sinto... gomen, gomen por não ter falado um obrigada mais intenso, mais satisfeito... isso ainda permanece em minha garganta. Meu grito.



***


Hell dormia, meu estômago doeu, precisava comer algo, mas a preguiça de levantar e procurar algo pela cozinha desconhecida vencia minhas vontades.


***


Todas as risadas, todas as fotos, piadas e vozes, permanecem comigo, permanecem dentro de mim... não sou chip, nem nada computadorizado, aprendi a amar.

O que esconde ai dentro? Me diz, vai.. eu sei guardar segredo, eu posso?

Eu posso saber? Eu posso falar? Eu posso ajudar...
Eu posso...

Aquela semana foi a melhor semana que eu tive desde que o ano se tornara novo, olhando assim, até parece que se passou muito tempo... mas as coisas passam, alguém as esquece mas em mim permanece, todo sentimento, toda sensação.. e não quero que sejam apagados...


Já não era dia 8 de janeiro, os dias passaram, e a madrugada era classificada por um dia especial, se eu tentasse descobrir tudo que poderia me encomoda, o tedio seria uma delas... mas quem si importa? Quando se tem esperanças de que alguém chegue em você e diga Olá...


Eu posso?! Você pode... sempre.


As palavras que eu digitava pareciam tristes demais para demonstrar a minha alegria, mas '' Que contradição, só a guerra faz nosso amor em paz.''

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cap.6 Grito oculto.


Um grito pode ser de alegria, pode ser de tristeza, de conquista, de descrença, de escândalo, de ofensa...

Aquele dia o grito estava dentro de mim mas decidi não solta-lo, o grito... a liberdade? Quem poderia afirmar que aquilo não me feriria como feriria os ouvidos daqueles que o ouviriam.

***

Era 23:30 senti um frio imenso na barriga, ainda era dia 5 de Janeiro, no chat o pessoal começava a contar os minutos para meia noite, o que estavamos esperando mesmo? Ah, sim... no dia seguinte estaria entrando para a maior idade, mas que diferença eu encontrava ali?

Demorou menos de dez minutos para eu sentir o peso conjunto que a idade iria me trazer, um salto.. não como no capitulo anterior, um salto de responsabilidade, pressão e batalha... o que me restava era não olhar para trás em nenhum segundo... mesmo que a noite a lua fosse quem reinasce nas manhãs quem nascia novamente era o sol, então eu tenho todas as chances que eu precisar? Vou aprender a aproveitar tudo que me é dado, quem sabe um dia eu posso desfrutar de todos os votos que almejo.

***
O ar pesado, minha garganta doia, a pressão que eu fazia nela para encobrir a voz pesada, consequência de um choro cerrado dentro do coração, estava tentando manter minha máscara... mas ela estava rachando para demonstrar o que eu guardava dentro de mim...

***

Os milhões de parabéns me trouxeram muitos sorrisos, muitas lembranças e saudades... e eu pensando que talvez aquele aniversário fosse igual aos outros, sem marca alguma, ou sem marca em mim.

Os planos para o dia foram se estendendo, ao exato foi dificil, mas acabou tudo dando certo... mas para aqueles que assistem o que é certo? Ou quem pode jugar o que é errado em acontecimentos que fazem os outros rirem?

Sentada nas escadirias do metrô da Liberdade junto dos meninos eu pensava em muitas coisas, em coisas passadas e recentes, no que a Ami falou de mim... no que os outros pensavam de mim... em como eu estava escandalosa naquele dia... em como seria aquele dia se eu não os tivesse junto de mim.

As horas passaram rapidamente, alguns momentos em um fliper bem conhecido, capturi e banco do brasil não tem preço, porque eu não os trocaria por nada, não sei ainda como irei agradescer o Lipe, o Biel e o Lux por me fazerem sentir viva e com motivos para sorrir a cada palavra que escultava.
***

O som do piano tocava pelo fone, pude escultar da cozinha a música, uma abertura de um anime que me acalmava.

***

A chuva da tarde nos atacou, mas ela nem vilã era, dentro do trem com Lipe eu repassava algumas lembranças, a memória.

O presente estava em cima da escrivaninha, uma agenda linda, não chorei mas agora que me lembro as lágrimas me vem no olhar. A mesma sensação que eu tive quando meu pai me ligou desejando feliz aniversário... surpresa... aquele momento eu senti o grito de felicidade atingir me interiormente, mas para que a sensação não passasse eu o manti dentro de mim.


***

O cubo do jack ainda está na minha chave, as agendas de reflexão ainda estão no meu guarda roupa, as roupas ainda em suas pratileiras e cabides, e aonde estava meu coração... aonde a boneca de pano andava? Bati em sua caixa e nada ouvi, mas ela ainda estava lá, dormindo... com os olhos abertos... esqueceram de deita-la... um dia ele volta a acordar.

***

As palavras podem sair sem sentido quando tentamos demonstrar o sentimento com as palavras, o amor que estava me acompanhando por aqueles dias ainda é mantido comigo, assim eu sei que não sou reflexo de uma ilusão destruídora.

***

Naquela manhã eu não havia dormido ainda, fazia três dias que não via Thiago, nem falado direito com ele, no aniversário um telefonema, ele não poderia passar comigo o meu dia...

A voz de reclamações estava falando, mami estava reclamando.. reclamações que faziam com que o peso dos ombros ficassem mais pesados, não são dias comuns, não eram assuntos estranhos... aquilo estava se tornando banal, não é isso o que eu queria... tentei fugir.. mas ninguém pode fugir de si mesmo.

Um grito, sim um grito poderia acabar com tudo aquilo, poderia machucar corações, ofender pessoas, um grito de liberdade? Grito de expressão? Grito sem sentido... não sei classifica-lo, mas ele ainda permanece em minha garganta e eu espero que um dia eu possa solta-lo sem que ninguém olhe para o lado como se eu fosse louca mais sim como se aquilo fosse um fator para o sorriso de outra pessoa.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cap. 5 Como ser bicho do mato.

Como ser bicho do mato, com Helena Cristina julius.

Lição numero um: Primeiramente você sempre tem que estar bem consigo mesma, você tem que pensar em você [b]ACIMA DE TUDO[/b]

Lição numero dois: Seja mais observadora, pense antes de fazer as coisas e mostre realmente quem você é de verdade para as pessoas que você tem [b]certeza[/b] de que são os seus amigos [b]verdadeiros[/b] e que nunca irão te [b]trair[/b]. Exemplo : eu sou aloca, maluca de dorgas só com você e com a minha mãe hmm

Lição numero três: Não seja tão animada, a ponto de os outros fazerem com você o que está acontecendo.

Lição numero quatro : Use e abuse de ahams no msn, de palavrões e mostre o quão você é depressiva e emo

Lição numero cinco : Ignore todas as lições acima, você tem que ser você realmente é, e não mude por fofocas.

E caralho, eu não sabia que essa história iria chegar a esse ponto. Você é a minha melhor amiga, e eu vou ver o que está acontecendo nessa porra de grupo !

PORRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAAA▬ foi o que eu disse.

Vai virar bicho do mato na puta que nos pariu, menina.

EU RI MUITTTTTTTTTTTTTTTTTTTTIOOOOOOOOOOOOOOOOOOO▬ eu não consegui mais dizer nada.

***

Você deve estar se perguntando o que é isso, então não vou deixar as dúvidas se expandirem.

O que acontece quando um ato seu, mesmo que por inocência e pura despercebição machuca outra pessoa de uma forma tão violenta que a faz ter raiva ao ponto de não gostar de você?

***

As palavras que eu li na janela que piscava me fizeram chorar, lágrimas de por quê e medo, se misturavam ao teclado... mas tudo passa, tudo passou.. tudo sempre fica para trás.

Quando me vi naquela situação suspirei e ergui a cabeça... sei que eu também não estava totalmente certa e tinha que ouvir aquilo para poder crescer um pouco, já que... era 00:00 e significava que depois de 24h eu teria 18 anos e muita responsabilidade.

***

▬ Hell, como se vira bicho do mato?

Foi assim que começou tudo aquilo que você acabou de ler ali em cima... é... palavras da Hell me deram ânimo.

***

Estava combinada de fazer algo naquela tarde, mas alem de ficar sentada na frente do PC, só bocejei e pisquei os olhos, uma dor me atacou e eu me lembrei que tinha que almoçar... antes qeu alguém queira me bater quando ler isso, eu sei... ai é quando se perguntam, como alguém esquece de comer?

Humpft...


Pintava minhas unhas de branco e pensava nas noites que eu passei na casa da Hell no mês passado, bem que poderiam se repetir, era tão bom ficar com ela...

Mas a vida não é só voltada a uma pessoa, e ainda tinha pensamentos guardados das outras noites que dividi com Thiago pelo msn, era uma pequena discurção, ele falava o que ele não gostava, e eu falava que eu não iria mudar... sim eu sei.. por esse lado parece que ele queria me mudar, mas eu é que não queria entende-lo... concientimente...


Depois de uma hora de discurção, peguei o telefone e disquei, não poderia dormir com aquilo na cabeça... sei que as vezes ele ficava ofendido com o que eu dizia e a única frase que me assolava era:

Se fosse outra alguém que você namorasse, você faria isso?

***

O tempo passa lento quando quer, mas esperamos tanto que ele passe.. porém ele nunca acaba, ele é infinito. Ele ajuda a curar, ajuda a esquecer... ajuda a ser feliz e a construir o que se quer fazer, mas ninguém pensa em respeita-lo... talvez quando eu começar a confiar no tempo, eu possa enxergar tudo isso que me força crescer...

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cap. 4 Chuva de prata.


O céu estava quieto, os segundos estavam sendo contados, uma explosão e o clarão movimentou o nada que eu via na escuridão, a chuva de prata desabrochava depois de ouros avermelhados se abrirem como rosas no meio da noite.


***

Em casa assistia Just Be Friends [Vocaloid] em HD live no You Tube enquanto falava com algumas pessoas pelo MSN. Era a madrugada de um domingo, dia 2 de janeiro e a cada dia se aproximava o dia do meu aniversário. Estava empolgada, já que depois desse dia eu poderia ser presa, ou até mesmo dirigir.-q

***

Era exato dia 31 de dezembro, o dia todo foi passado na frente do computador enquanto o ânimo não me atingia, semi nua e coberta pelo coberto o calor me consumiu mas mesmo assim não deixei meu aquecedor.

Lilly estava no PC, enquanto tomava banho, a água quente caiu no chão e logo se esfriou, os pensamentos que não me deixavam em paz desejavam totalmente que eu passasse tudo aquilo que esperava em casa, deitada ou sentada na frente da TV vendo um show que eu não estava vendo de verdade.

O ferro passava o vestido que pretendia vestir, nos pés a sandalha gladiadora, o espelho fora a testemunha da minha arrumação, em minutos, não longos e nem curtos estava pronta, olhei para a janela e sem a mínima ideia do que fazer até dar a hora de criar coragem e sair de casa.

As teclas do telefone foram precionadas, o tu tu da linha trazia anciosidade. Tef atendeu o telefone.

▬ Anjo, posso ir aí?

▬ Vem, acabei de me arrumar logo a gente vai pra casa da minha vô.

▬ Certo, tô indo.

O portão da casa da Tef estava aberto, cheguei no quarto delas e ainda estavam se arrumando, mas logo estávamos na casa da vô dele, onde sempre passavamos o Ano novo juntas. Thiago apareceu um pouco depois, e quando ele me levou para a casa dele não sei mais o que aconteceu por lá.

***

Agora tocava
Innocence Live, Lux me passava as músicas do show das vocaloids, simplesmente lindas. Eram 2:25 da manhã, meus olhos doiam de sono, e a cabeça já não raciocinava bem como antes, mas ainda não era hora de ir para a cama.

***

Da laje da casa do Thi tinhamos uma grande vista, a garrafa de champanhe era só nossa, o que acabou em menos de cinco minutos, sussurros de feliz ano novo e beijos desbocados tornaram cena em especial, um momento que eu esperava, apesar de tudo que ainda não saia da minha cabeça foi uma boa noite, um novo ano estava vindo ao nosso encontro.

O que estava esperando de tudo aquilo? Aonde eu enfiara meus ideais, estava na hora de acordar, não era momento de se transformar na coitada sem esperanças, aliás no que ela acreditava além de um futuro misterioso? Tanto fazia, tudo começou a fazer menor importância naquele momento...

O som era alto na casa do lado, as ruas estavam movimentadas, muitas crianças jogando bombinhas.

***
Coçei meus olhos.

***

Alguns dos meus amigos passaram em outros lugares, outros viajaram, quando o ano findou e o novo chegou caminhamos pelas ruas, Thiago me guiava, porém ele não se lembrou de uma coisa, eu também tinha pessoas que queria desejar feliz ano novo, um momento, sim foi meio egoista, mas eu também era as vezes...

Ele não notou porém, me senti meio tirada da minha realidade, o que na verdade era aquilo? Não desejava aquela mudança total, nunca fui tão fechada pras pessoas como me senti naquela noite, passei a noite toda com ele e a família dele, mas o que mais era importante para mim além de abraçar quem eu amava era poder escolher aonde ir, e eu podia, mas não o fiz. Até agora não entendo o porquê.

Exausta e com sono, sentei na cama dele e me deitei, Thiago deitou na minha frente e eu o abraçei pelas costas, encolhida alí, meus olhos se pregaram... o dispertador não tocou mas Thi acordou e fazendo isso eu despertei, antes de mais nada eu falei.


▬ Tenho que ir para casa...

▬ Vamos.

Falou ele, passei no banheiro e fitei minha cara de sono no espelho, OMG, eram quatro horas da manhã.

Me perguntei sobre algumas coisas mas nada que minha lembrança não anunciava tinha acontecido, meio aliviante... as escadas eram cansativas até chegar em casa, mas assim que ele me deixou na frente de casa e me beijou, entrei e sentei na frente do PC.

***

A gelatina estava na minha frente, fome e sono... mas ainda não era hora de ir para cama...

***

As horas passaram rapidamente e quando olhei o relógio eram oito horas da manhã, estava claro e assim que as pessoas acordaram eu fui para cama... um dia que se estendeu sem graça alguma...


Quando me encontrei com Thiago a noite por alguns minutos, pensei em como me senti na noite passada, mas não era de forma nenhuma culpa dele.. não que eu me arrependesse de algo, mas eu sei que talvez eu pudesse ter aproveitado mais, porém tudo aquilo que eu passei com ele eu não troco por nada.

O ano começou e o que me resta é esperar para ver se consigo controlar o que nada sei, porque eu sempre sigo sem saber...