quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cap. 17 Doeu, muito mais quando você me deu a Mandy.


Comendo pãozinhos e carolinas via a luz do MSN piscando. A lembrança ainda permanecia em minha mente quando lí uma atualização na página do Orkut.

''Amanhã é meu ultimo dia de aula na minha escola."


As palavras do Link ainda me davam forças para não chorar enquanto escrevia coisas sensatas numa folha sufite.


▬ Imagina o quanto está sendo difícil para ela, nós vamos perder uma pessoa, e ela perderá todos nós.

As pessoas do metrô passavam cada uma com seus destinos, enquanto eu parada na frente do Denny olhava para o chaveiro que Mandy havia me dado, nossa Mandy em miniatura, um coelhinho com toquinha. Não ouvia nada, nem os passos das pessoas enquanto eu olhava a menina fofa e louca na fila de recarregar o bilhete único, a hora de se despedir estava chegando.

Podia ver os olhos de Denny se encher, enquanto os meus já transbordavam... Não esta estava quente e nem fazia sol naquele domingo, já era de tarde quando saímos de casa com destino ao Tatuapé.

Encontro geral, alguns consideravam despedidas, outros só mais um dia de zoeira, para falar a verdade eu não tinha idéia de como taxá-lo até o momento que o relógio apontava o anoitecer.


A praça de alimentação era muito pequena para todos nós, a fila enorme do cinema congestionou quando Link fora comprar os engressos, risadas e confusões, fizeram esse dia ser enesquecível.

A cada sorriso que davam e piada que contavam eu sentia que estaav no lugar certo, mas as coisas passam sempre... pelo menos posso lembrar delas. Sentados nas poltronas do cinema, assistimos Resident Evel, mas até chegarmos lá completos demorou muito, um novo bebê no grupo.

Lux não podia assistir o filme, isso realmente me preoculpou, compramos um engresso qualquer e ele entrou na sala com a gente, depois de enrolar os carinhas do cinema, mas não era hora de vitória, pediram para ele entregar o engresso, como assim? Era, fiquei morrendo de medo, sou covarde, boba.. mas mesmo assim não queria que houvesse confusão. Me escondi no ombro de Denny e arfei quieta para não notarem o quanto estava apreenciva.


E ele reclamava das mordidas da Mandy e das minhas, deu dó, mas rí muito depois. Mas a tempestade passou e quando o filme terminou senti a luz do shopping acabar com minha vista.

"A cereija do bolo é a Mupy''▬ falaram isso bem no começo de nosso passeio, sempre perdida não entendi nada, mas as coisas se esclaressem de alguma forma. Me fez rir muito. Montinhos planejados, mas não ocasionados, caminhadas em círculo pelo shopping e compras de água numa fármacia, no shopping quase não tinha bebedor. D:

Estava chovendo lá fora, paramos num banco em meio ao corredor de lojas, Mandyestava quieta mechendo em sua bolsa quando me aproximei e começei uma conversa com ela e com Denny, o resto do pessoal trocava conversas e tiravam fotos, staffs da Yamato nos defendia -qn

Recebi a Mandy em miniatura da própria mandy, e Denny recebera um agarradinho que ficava preso a bolsa dela. Um abraço e eu começei a chorar de verdade, estava escuro lá fora e a cada lembrança doía mais, estava terminando?


Ela pegou na minha mão e entramos numa loja, achamos um lugar para sentar e ela tirou de dentro da mochila uma folha e uma caneta.


'' 6065
Gente nem preciso falar o quanto amei conhecer cada um de vocês, cada momento foi único e especial, apesar das minhas esquisitices e manias vocês sempre estiveram do meu lado e eu sou grata por isso.

Cada um de vocês tem um lugar guardado em meu coração, e ''onde quer que eu vá, sempre pensarei em vocês '', porque vocês são meus amigos e nada vai mudar. Não levem o dia de hoje como uma despedida mas como uma nova etapa.

E pode ser clichê mas nos veremos de novo.
Amo todos vocês Mandy!''


Eu chorava enquanto cada palavra era escrita, não era fácil acreditar, um abraço e logo voltamos para os corredores, primeiro passei a carta para Lilla, e assim ela leu para todos, aqueles que não choravam era fortes, mas sempre fui fraca com isso.

Sentei no banco e ficou refletindo tudo o que se passara no dia, fora perfeito assim como sempre era... Estava na hora de ir embora, abraços e despedidas, a cada momento que as portas do trem se abriam eu queria deixar outra lágrimas rolar...

sábado, 25 de setembro de 2010

Cap 16. Acenda a luz.


Aquele bimestre estava no fim novamente, era de se assustar como o tempo passava rapidamente, logo era FDS novamente.

Noite de sexta, sala quase vazia, prova final de inglês, acabou finalmente essa semana provão irritante. Saí da minha sala e ví o corredor do segundo andar vazio, Thiago não me esperava dentro da escola, e nem fora, me assustei por um tempo. Mimada, começei a caminhar rumo minha casa quando escutei meu nome, me virei e ví ele me aguardando no portão.
O chamei sem voz mas ele me chamou depois.
▬ vem aqui.▬ caminhei lentamente não queria ir para outro lugar e sim para casa.▬ vamos comer alguma coisa?

Suspirei.▬ estou cansada.▬ falei o fitando, egoísta.

▬ Só uma coisinha, estou morrendo de fome.▬ falou ela pegando em minha mão.

Não estava com fome mas fui com ele, primeiro não sabia aonde iríamos, e se não tivesse ido me sentiria muito mal depois.

***

Hell conversava comigo no MSN falando de Gus, meu coração pulsou e eu me lembrei de quando viviamos juntos, não entendi porque mas doeu levemente.

***

Sentados nas cadeiras da pastelaria eu o fitava olhar o menú.

▬ Thi... eu vou prestar a USP esse ano▬ começei falando enquanto olhava um livro que mantinha em minha mão.▬ para fora de são paulo.▬ terminei e ergui o olhar.

Ele estava sereno a me fitar, coçou o queixo e sorriu.▬ Tudo bem, ano que vem eu presto pra uma em Santa Catarina.▬ falou ela querendo se opor de forma ingênua.

Seu incensível pensei comigo e suspirei.▬ Mas você não viria comigo?▬ perguntei para ele com esperanças, mas já sabia a resposta.

▬ Sempre, não me importo de que você vá, pode ir até para Nova York, mas não pode esquecer que eu estou aqui.

Aquelas palavras me fizeram sorrir, cada coisa que Thiago dizia, fazia meu coração comichar.


▬ Jamais, presta para a USP en mocinho.▬ brinquei e depois ví meu pedido chegar.

▬Já estava em meus planos.▬ falou ele sorrindo e pegando os pedidos.

O céu estava escuro, sem estrelas, chovera quase o dia todo. O fitava enquanto tomava meu suco e lembrava de certos acontecimentos dos últimos anos, queria tanto um abraço dele, mas como pude esquecer realmente sobre isso?

***

Mamãe viajara para o Rio novamente, dessa vez um casamento. Sozinhas em casa...

A luz do MSN piscava encansavelmente enquanto eu lia um texto que me deu choque. O que um amor é capaz de fazer, será realmente um amor ou a culpa de certos atos são encobertas por esse sentimento que na verdade ninguém conhece?

Se matar alguém porque a ama é um símbolo disso acho que na verdade o amor é pura inveja, sonho e ilusão, tristeza e incompreenção, não é esse o verdadeiro amor... é?

Se o que vai embora faz falta pode ser um amor perdido, uma imensa lembrança que a memória ainda pede para repassar, será que alguém pode explicar? Não tento esclarecer nada nessas palavras, só tento enchergar o que pode fazer bem para mim, para os outros, algo que me deixe feliz... amor... puff... quanto mais você se afunda mais você se machuca, o amor nunca está sozinho, se você não saber caminhar a dor te toma e te consome, sem deixar um simples calor... deixa só as lembranças para te atormentar, as que a memória pedem para se repetirem.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

15. Rabiscos numa folha listrada.


Os momentos que se arrastavam rapidamente até a noite me assombraram, foi tão rápido que me ví caminhando para a escola com o intuíto só de ir e entregar um CD e depois voltar para casa, ficar na Hell.
Mas não era os planos reais, já que não tive escolha, era o começo das provas bimestrais. Como assim? Eu nem levei nada, um caderno qualquer e nem o estojo eu peguei. Ahhh...

Mas não deu tudo errado, pelo que imaginava, quando sentei em minha carteira a sala estava vazia e dentro de mim também lutava contra idéias que me chateavam e começaram a me venscer.
Peguei uma folha do caderno e começei a rabiscar, escrever um poema para não chorar.
Sabia que alguém ia me perguntar o que foi? O que aconteceu? Mas nem eu tinha a tal resposta que me sufocava.

Abaixei a cabeça e alguém encostou no meu braço. Levantei o rosto e vó Thiago a minha frente, ele nunca entra na minha sala, deveria ter notado algo para fazer isso, mas esperava que não fosse o que ele pensava já que falou.

▬ acorda mocinha.

▬ estou acordada.

Meus olhos estavam marejados, era dificil esconder, ele fez cara de preoculpação e começou a perguntar.

▬Depois eu te conto.▬ suspirei.

Ele me lençou um outro olhar antes de sair da sala e ir para a dele.

Continuei os meus rabiscos e as horas passaram, primeiro aula de português, segundo aula de química, preenchimento do SARESP pais e alunos, 180 questões de puro tédio.

Intervalo **

Caminhei pelos corredores querendo somente uma coisa, uns braços. Adentrei a sala de Thiago e logo ele veio até mim, nos sentamos numas cadeiras e ele falou

▬ Você disse que ia me dizer, vamos lá?


Abri a boca mas eu não tinha palavras, fiquei muda e ele ancioso. Me fitou preoculpado novamente.

▬ não quero que você fique assim.

Eu escutava as palavras e acentia, deixando que as lágrimas corressem.

▬ eu não sei o que eu tenho.▬ falei em puro suspiro.

Me abraçou e deixou que minha cabeça deitasse em seu ombro. Senti o quentinho do peito dele, há tanto tempo que não o sentia, estava me desconstruíndo.

▬ Mupy, aquele dia que eu fui na sua casa sábado, foi para te dizer que eu te amo.

Ao terminar de falar aquilo eu me lembrei dos dias atrás, quando ele veio em casa e ficamos só um poucos juntos, falei que precisava entrar e ele falou, vai e desceu as escadas rápido demais, me senti mal naquele dia.

Voltei a chorar mais forte dessa vez, eu queria tanto escutar aquilo. Ele deixou que eu desabasse em seus braços, e não falou nada por um tempo.

O sinal bateu e eu fui para minha sala, o mossacre ia começar.

***

Viagem até Osasco com 6065, não tem preço.

O trem remechia e andava lentamente, mas chegamos aonde queríamos, Osasco para ir ao Ozanime.
Um evento pequeno mas perfeito, o dia passou cheio de assuntos e informações.
Ganhamos entre muitos brinds e cantamos no Aniekê, agitamos os shows.
Fiquei triste por um acidente mas voltei bem para casa, sempre algo deixa marcas, depende de nós para classifica-las como boas ou ruins.

Voltando de trem eu via aquela cena ir e vir na minha mente, eu já queimara uma vez o rosto mas para o organizador fora bem pior, malabarismo com chamas, daria tudo certo se ele não tivesse feito com barba.

Mas mesmo assim não aconteceu nada grave e as coisas felizes do dia todo cobriram o chato do último acontecimento.

Pernas doendo subí a escada rumo a minha casa, PUTZ amanhã é segunda.
***

'' Os heróis de nossa infância nos meus dias atuais.''
''O herói da sua vida é você, pra que desistir se você pode lutar?'' ▬ Herói (Urasai)

Essa música tocava sem parar na minha cabeça enquanto eu respondia as questões da prova de português, tudo bem, não me dei mal nela, eu espero claro.

Foi quando eu ví a prova de física à minha frente e quiz sair correndo, minhas memórias haviam sido apagadas? Eu não me lembrava de quase nada, fui empurrando para um rumo que eu não sabia se estava certo ou não.

Quero ir para casa. Era o que eu pedi para Thiago quando apareci na sala dele. Fui uma das últimas a sair da sala, ele já me esperava no portão, me abraçou naquele frio insuportável e veio me levando até em casa.

Subimos as escadas, não queria chorar na rua mas era dificil não o fazer.

▬ Nessas horas eu me acho inútil, não sei nem aconselhar ninguém.▬ falou Thiago.

Me agarrei mais a ele e falei abafado.

▬ Mas é assim que eu gosto, não precisa falar nada além de me abraçar e dizer que me ama.

▬ Isso eu sempre direi, quantas vezes for necessário. Eu te amo, você nem sabe o quanto, mas eu te amo muito.

Eu desabei novamente no peito dele, fazia tanto tempo que eu não o via, que eu não o abraçava, precisava tanto dele, meu equilíbrio da baçança de problemas e fatos havia sumido.

▬ Thi, semana passada eu estava assim também mas as coisas acontecem e eu me falava assim.
Tudo bem, eu vou te ver então vou me sentir melhor, mas esses dias você esteve oculpado e sempre quando nos víamos sempre acontecia alguma coisa e o ar ficava triste, eu fui me desgastando porque você não estava comigo.

recisei de muito fôlego para poder falar isso. Um beijo na testa e entrei em casa. Não olhei para os cadernos e sentei no PC, precisava escultar uma música com urgência.

''Realize seu destino de herói.''

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cap. 14 Não esqueça de me dar corda.


As lágrimas caiam sobre o teclado, havia algo de errado com a boneca, o que acontecera, ela desejava tanto ser humana... seria um defeito? Precisaria de corda para sobreviver... ilusão.

Os dias do ano corriam, a cada dia eu ficava mais cansada com a escola, não via a hora de poder ir para a facul, fazer o que eu quero.

Inverno, cheia de agasalhos eu estava ao lado de Thiago, não havia ninguém na rua, somente eu e ele saindo da escola. Não estávamos de mãos dadas, eu o fitei mas não disse nada, me abracei, um pouco fragilizada, também não estava bem. Ele estava quieto, não quebrei o silêncio, continuei a fitar o chão a minha frente.

▬ Sabe... se eu te tratar mal, não repara. Acho que estou ficando extressado com essa vida.▬ ele pronúnciou isso.

Me senti aliviada, pelo menos eu entendia o que ele estava passando e não era nada que eu tinha feito.

▬ Não se preoculpe... sou compreensiva.▬ eram mais sussurros do que palavras ditas, mas ele entendeu e me abraçou.

Nunca soube explicar o que eu sinto, pode ser amor, mas o que é o amor, ahh... é aquilo que sentimos por nossos pais, mas o que é aquilo que sentimos por nossos pais? afeição? As vezes me machuco por amar todo mundo... será que é errado?

A mocinha certinha se pôs a cabular naquela semana, uma sexta feira de transito no Habib's de um shopping qualquer, estou regredindo.

O dispertador tocou cedo em pleno domingo, mas não era um dia comum, era dia de evento. Animecon e 6065 nos esperava,vida de otaku. Saímos com a Hell e encontramos com o Cava no metrô, andamos pelas estações e encontramos o resto do povo na estação Tiradentes, ao lado do instituto Dom Bosco.

Tudo estava perfeito, animação e agitação, fotos, jogamos Guitahero na guitarrinha-qq e dançamos no dancejump. ^^

Apesar de não ter Mupy, lá estava eu para saciá-los -n Foi um dia muito produtivo, conversas adultas com Link, por isso que eu amo muito eles, sempre me fazendo sorrir ou fazer alguma loucura que não me arrependerei depois.

O céu já escurecia e tocava músicas agitadas, fomos fazendo uma roda e dançando, realmente o Klê falara que iriamos dançar, mas não literalmente, foi foda.

Show da j-squad, o que posso dizer simplismente e complexamente de mais. Sempre perfeito.

Todo fim de evento é a mesma história, pernas cansadas, fome e sono. Quero minha cama.

O melhor de tudo foi ver a Hell comendo um maracujá inteiro, o Lipe comendo manga com casca até o caroço, o menino desconhecido comer uma banda de cebola e o Paulo comer um kiwi com casca...

Momentos como esse não tem preço... não mesmo.

Lamentei quando cheguei em casa, mas as coisas acabam para poder recomeçar, essa é a lei não é?

Fiquei mal nos dias que se arrastavam, tanta coisa para fazer e eu não tinha controle de nada, fugir nunca é o certo, pelo menos quando se trata de problemas.

Mas uma pessoa me disse que confiava em mim... isso já é motivo para não desistir.