Valentine's Day

Valentine's day, o amor está no ar. Pelo menos para algumas pessoas, e uma delas sou eu, sábado foi um dia especial, porque foi meu primeiro dia dos namorados acompanhada, não acredito...

Ao som de 4 minutes meus olhos se fechavam de sono, se passara quase uma semana depois do dia dos namorados e minha vida rotineira não tinha jeito.

Lotada de trabalho e preocupações, a próxima semana seria a de provas, para me ferrar mais ainda. Bem, bola para frente e gol né? ... Affz a Copa do mundo enlouquece as pessoas, como "o fiz na MTV" diz, está contagiando.

A prova de semestre no curso foi muito fácil, acertei todas as questões, me mataria se não acertasse, caminhando pelas ruas ensolaradas da Moóca, Hell não foi para escola again '-', vou matar aquela garota, se ela repetir...

Parei no ponto e aguardei pacientemente o meu ônibus, quando eu estava dentro dele encontrei uma pessoa que não via à anos, a Bia.

Fiquei tão feliz em saber que ela passara na prova do ESPRO, quando eu fazia curso lá foi a melhor época da minha vida.

Sempre gostei de pegar ônibus de manhã enquanto o céu ainda está escuro. Não vamos comentar minhas loucuras ok?

Abri a porta de casa, nem queria entrar, estava a zona. Pior que chiqueiro de porco (como minha mãe diz- não entendo isso até hoje, chiqueiro é sujo e a casa não estava suja, estava bagunçada.)

Na aula de atualidades tivemos uma atividade diferente:

Respondeu errado pagou MICO... Tati saiu correndo comigo pelos corredores gritando:

-Nelson, eu te amo!

Já perdi as contas dos micos que eu paguei naquela escola, ano passado fui mascote da minha sala, animadora de torcida, marinha chiquinha e sainha xadrez, uma graça, sim eu também acho.

Nelson era o coordenador da escola, as vezes ele ficava maluco pela responsabilidade, tenho dó disso. Sério, não estou mentindo não.

Amanhaci um dia desses bem mal, minha labirintite estava atacada e eu parecia uma bêbada, juro que não coloquei uma gota de álcool na boca.

Conversando com o Pee ele me falou de uns erros cabeludos de português, que eu mesma havia escrito, fiquei até com vergonhas.

As coisas no jogo andam bem, quem me dera que minha vida off também fosse assim como é no on. Humpft...

Encontrei o Will e o Gus online, Gus ainda não voltou de férias.

Digitava calmamente quando alguém me chama a atenção, que raiva que eu tenho quando alguém me treme a tela.

-Mupy, na Vl. Mariana as 10 horas para ir pro animaembu.

(OFF)

Senti uma dor tão grande ao escrever que eu não iria de novo e ao ler que eles sentiam minha falta, quis gritar mas eles estavam off, eu também sinto a falta de vocês.

Com o fone nos ouvidos a garota sem nome escultava mais uma música, estava tarde, ela acordara cedo.

Pensou como seria amanhã, sim seria um dia péssimo, cheios de trabalhos para serem feitos.

Se levantou e foi para a cozinha preparar algo para comer e se sentou no sofá, pegou o controle sem pilhas e apertou alguns botões, a tela ficou ali apagada e inutilizada, ela bocejou e caindo de lado dormiu.

Passavam dias cheios de complicações para minha cabeça, alguém poderia me dar a mão? Faço perguntas complexas sobre mim mesma.

Thiago me deixou na frente do meu prédio e eu subi as escadas pensando na escola, meu único problema, estava tudo errado, ou eu que estava errada ali naquele baralho?

Me senti como uma carta de +4 do UNO num baralho de cartas de naipes vermelhos e pretos. Colocando um bombom na boca passei os dedos pelo meu cabelo desarrumado.

-Bom bom bom bom...- falei já sonhando.

Cherry Bomb...

Dia amanhece e eu tentando dormir na cama de casal, fui má sucedida como toda manhã de fim de semana. Lila me acordou com a claridade da janela depois dela ter puxado a cortina e começado a arrumar a cama comigo ainda deitada.

Café da manhã e PC, trabalhos e mais trabalhos. Parece que esse ano por ser o último está sendo mais difícil.

Subindo o morro perto de casa no sol escaldante da tarde de um dia sem temperatura estabilizada rumando à casa da Rina.

Um pouco atrasada, mas não a única a Lilly também chegou um pouco tarde, lápis e folhas de almaço, planos para um seminário e protozoários em Biologia, não fiquei muito tempo por lá, fiz o que era importante e voltei.

Subi as escadas desanimada, passei na Hell antes de chegar em casa. Ela arrumava o quarto dela. Milagre.

Conversamos um pouco e logo minha mãe interfonou lá.

-Vem pra casa.- falou ela anunciando as horas.

-10 minutos estou indo- falei torcendo a boca.

Despedindo da Hell passei do portão dela para dentro da minha casa.

Minha mãe vive reclamando de alguma coisa envolvendo o chuveiro, dessa vez foi por não abrir a torneira e o chuveiro quase queimar.

Posso fazer o que se gosto de água quente?

Peguei o shampoo da prateleira e lavei o cabelo, com os olhos fechados desejei que não existisse conta de luz e nem de água. Que pena.

Peguei o roupão e sequei a água do chão, sentei no sofá depois de me arrumar.

Miojo eu cei fazer!! hm DLÇ.

A noite estava bem fresquinha, além do show no meu bairro, havia outros motivos para o povo ficar na rua.

Aí você se pergunta se eu fui com o Thiago para o show e curti o pancadão...

Sem comentários, na verdade sempre odiei Funk, e até hoje odeio...

Thiago passou o braço pela minha cintura e me virou, lascou um beijo nos meus lábios cheios de gloss. Rí muito da boca dele com um tom avermelhado e brilhoso.

Apesar de nos vermos todos dias na escola, eu não o beijava como fazia a sós. Mordi sua bochecha e dei as costas quando entrei pelo portão automático do prédio.

-Te Amo!- sussurrei.

Naquele momento não pensei em Gus, na verdade fazia muito tempo que não pensava nele, acho que isso era bom.

Ele escolhera o caminho dele, mas o que eu tinha haver a aquilo? Estava sentindo falta dele? Sim claro, ele era como meu irmão, e ainda lembro quando fizemos o 7 na casa da Hell, foram dias bons, ainda são, mas tem um problema... As pessoas mudam.